terça-feira, 29 de setembro de 2015

Justiça com as próprias mãos?

É notório o crescimento da violência no Brasil atualmente, seja nas favelas, na Zona Sul do Rio de Janeiro, em Santa Catarina ou no Nordeste. Em todo o país há o medo do perigo iminente, medo de não saber se voltará são e salvo para casa ao final do dia. Atordoados, cidadãos começam a reagir formando grupos que assumem o papel da polícia e da Justiça, caçando, julgando e penalizando marginais de acordo com o que pensam ser o certo, e se autodenominam “justiceiros”.

Apesar de tais ações serem compreensíveis, não se deve apoiá-las, pois fazem uso de pura violência e de pensamentos radicais em sua maioria. Um bom exemplo é o adolescente de 15 anos que foi agredido, mutilado (perdeu parte da orelha) e preso a um poste com uma trava de bicicleta no bairro do Flamengo, área nobre do Rio de Janeiro, acusado de participar de diversos assaltos na região. Esse ato bárbaro recebeu considerável apoio, o que é preocupante, pois perde-se facilmente o critério do que é condenável, ampliando os alvos dos justiceiros. Hoje, o jovem bandido, negro e pobre, é  perseguido. Amanhã pode ser o homossexual, o manifestante, o não-cristão.

De fato, as corporações de segurança são precárias, mal preparadas, e o exemplo de violência desmedida vem da própria polícia, cuja função é assegurar o bem-estar e a proteção da população, e não torturar, promover chacinas e abusar do uso da força, como é visto em larga escala no Brasil. Todavia, fazer justiça com as próprias mãos torna-se também um crime, por vezes pior do que aquele cometido pela vítima dos justiceiros.
Em suma, a população, ao invés de se organizar para perseguir e agredir assaltantes, deve fiscalizar constantemente e cobrar dos governantes melhorias nas forças de segurança, no sistema carcerário e na Justiça. Do contrário, podemos retroceder na condição de Estado livre e democrático para uma situação de barbárie.

Justiça com as próprias mãos: problema ou solução?

Em um país onde a violência vem alcançando patamares assustadores e ganhando cada vez mais espaço nos noticiários, é até compreensível que a população reaja das mais diversas formas, tentando com isso se proteger. Entretanto, mesmo que haja morosidade por parte do judiciário e falhas na segurança pública que precisam ser corrigidas, tomar decisões sem ser por vias legais, como a de fazer justiça com as próprias mãos, não é a solução para problemas que precisam ser combatidos de outras formas.
Em primeiro plano, é preciso refletir sobre o atual cenário do sistema judiciário brasileiro. A demora em julgar os casos que lhes são encaminhados tem contribuído para que haja um descrédito por certa parcela da população. Em razão disso, a solução encontrada por muitos foi a criação de um júri popular. Os denominados ‘’justiceiros’’ assumem o papel da polícia e da justiça, caçando, sentenciando e penalizando os que cometem infrações. Além de não ser em nada contributivo à ordem social, fazer justiça com as próprias mãos configura-se como uma prática ilegal, uma vez que somente compete às autoridades constituídas aplicar medidas punitivas.
Além disso, tomar decisões precipitadas pode gerar consequências drásticas. Vítima de boatos espalhados nas redes sociais, Fabiane Maria de Jesus, moradora de Guarujá, no litoral paulista, foi acusada de ser uma sequestradora de crianças que atuava na região. Linchada por centenas de pessoas enfurecidas, ela não teve sequer o direito de se defender, sendo levada, então, à morte. A atuação desses revoltosos foi uma prova incontestável de que fazer justiça por conta própria está na contramão do que preconiza o Estado Democrático de Direito, que têm o contraditório e a ampla defesa como garantias constitucionais.

Fica claro, portanto, que assumir a função que cabe aos órgãos competentes não é o caminho viável. É indispensável que a população fiscalize e reivindique dos governantes melhorias na área da segurança pública e no sistema judiciário.  Acresce às medidas a necessidade dos usuários das redes sociais certificarem as informações que são compartilhadas, evitando, assim, os linchamentos. É inadmissível que a sociedade retroceda e considere como normais as barbáries que são cometidas por aqueles que procuram agir conforme as suas próprias leis.

O conceito família no século XXI

No princípio era o verbo, mas vieram os afixos.



Em 2011, o americano Arthur foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica, doença que não tem cura e impossibilita o paciente de se mover e falar. Jim, seu companheiro, cuidou dele por dois anos, até que aquele faleceu. “Ironicamente” eles não tiveram seus direitos familiares reconhecidos, uma vez que a maioria dos estados americanos não reconhece a união homossexual como família, mas eu te pergunto, caro leitor: se Arthur e Jim não eram uma família, o que eles eram? 

Casos como esse se repetem, mesmo em países que reconhecem a união civil entre pessoas do mesmo sexo. No Brasil, por exemplo, uma proposta de lei visa a definir o conceito de família priorizando determinados grupos sociais e discriminando outros. A proposta é de iniciativa de um parlamentar religioso que, ignorando a laicidade do Estado, engendra propostas sob sua visão religiosa.

Se bem que qualquer iniciativa que busque restringir o conceito de família no atual momento científico e social em que vivemos, é pautada por uma visão conservadora e religiosa. Mas, se formos nos ater a questões religiosas, a sociedade irá ruir; se tomarmos o Pentateuco como base da nossa jovem democracia, além de considerarmos a família como o conjunto formado por homem e mulher, precisaríamos matar os homossexuais queimados e crer que o Sol gira em torno da Terra – contrariando 100 anos da teoria da relatividade.

Não se pode permitir que a religião infrinja os direitos humanos conquistados a tanto custo, ou que ideologias retrógradas limitem o direito de um indivíduo. A sociedade muda, portanto os conceitos sociais mudam, e as leis devem acompanhar a evolução social oferecendo condições dignas àqueles que vivem sob sua proteção.

Jim e Arthur eram uma família, qualquer casal homossexual forma uma família, porque o princípio da família é o da união entre indivíduos com laços afetivos, e isso não inverte valores consagrados, pelo contrário, apenas acrescenta. É necessário conscientizarmo-nos de que somos integrantes de uma sociedade em constante evolução, ainda que à luz daquele que criou tanto hétero quanto homossexual e viu que tudo era muito bom.

O conceito família no século XXI

Redação escrita por Shamyra Lima.

A família que por muito tempo foi vinculada à um casal heterosexual com filhos, começou a sofrer sequências de modificações em seu perfil. Assim, mesmo que a evolução político-social seja a principal causa desta mudança, ainda ocorrem divergências de opiniões sobre o assunto, algumas delas preconceituosas.

Em primeiro lugar, o crescimento da classe feminina ativa no país é um dos responsáveis pelo novo conceito familiar em questão. As mulheres conquistaram direitos que as permitem viver em igualdade com o sexo oposto. Assim, estas não precisam estar presas a um casamento mal sucedido, podendo constituir sua própria família apenas com os filhos.

Ainda convêm lembrar, do preconceito que perdura sobre as novas relações familiares. Um dos tipos de casais mais atingidos são os homoafetivos, que segundo alguns não são apropriados para a criação de filhos adotivos.

Portanto, se faz necessária a promoção de políticas públicas sobre o tema, no intuito de uma maior aceitação popular, que dê ênfase aos direitos dos cidadões, na liberdade que cada um tem em constituir sua própria família, pois assim como dizia Jorge Amado: " A liberdade é como o sol: O bem maior do mundo".

As dificuldades da formação universitária

Durante muitas décadas ingressar no ensino superior e concluir uma graduação foi o sonho de muitos jovens e adultos brasileiros. Fosse para ingressar ou ter novas oportunidades no mercado de trabalho, o número de vagas em faculdades e universidades era bastante restrito até meados dos anos 2000.
Com a ampliação  de programas de financiamento estudantil, como o Fies, criação  do ProUni e a autorização de funcionamento para mais instituições privadas, o sonho do acesso ao ensino superior se tornou realidade para milhares de estudantes. As barreiras de acesso deixavam de ser intransponíveis. No entanto, apesar da facilitação da entrada nas IES, outro problema surgiu: as dificuldades para a formação universitária.
Uma pesquisa realizada no Instituto de Psicologia da USP mostrou que estudantes oriundos de escolas públicas que conseguem ingressar em uma universidade privada apresentam dificuldades para se manter no curso, mesmo quando recebem bolsas de estudo. O estudo revelou, ainda, que as dificuldades de universitários egressos da rede pública não se resumiam ao vestibular e acompanham os estudantes por toda a graduação. Isso ocorreria tanto por questões financeiras, como pelo baixo conteúdo educacional adquirido desde o ensino básico, fato que prejudica os universitários no acompanhamento do curso.
O início da graduação, seja ela através das instituições públicas ou privadas, faz o aluno entrar em um novo universo de conhecimentos. O período da formação inicial é essencial para consolidar uma base sólida de saberes que os futuros profissionais deverão possuir até o findar desta formação. Contudo, muitos fatores acabam prejudicando a qualidade desta formação inicial acarretando problemas na continuidade dos estudos.
Talvez, a mais clara das dificuldades esteja na formação do estudante de escola pública, que é permeada por características peculiares a esse tipo de ensino. Dentre os principais problemas, destacam-se a falta de estrutura e recursos, a desmotivação dos professores por conta dos baixos salários e o desinteresse dos alunos, seja pelo cansaço físico ou pela falta de perspectivas para o futuro.
Não obstante, o distanciamento entre as escolas e a universidade e a falta de divulgação das oportunidades existentes fazem a conclusão do ensino superior uma realidade distante para a maioria desses estudantes. O que seria preciso fazer para mudar esta realidade?
Além de medidas conjuntas entre o governo e as universidades que fomentam  a educação, tanto básica como superior, outras políticas públicas precisam caminhar junto às educacionais a fim de que, ao ingressarem no ensino superior, os estudantes egressos de todos os tipos de instituições tenham as mesmas oportunidades.

*Janguiê Diniz é mestre e doutor em direito – reitor da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau – Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional

Educação Brasileira: Um longo caminho a ser percorrido

A Educação brasileira ainda se distancia muito da realidade considerada aceitável para um país de grande porte como o Brasil, referente a todas as áreas de atuação, não podendo sequer compará-la ao nível educacional encontrado em países desenvolvidos. O distanciamento da real necessidade educacional reflete os baixos investimentos do país em Educação, dando muito mais importância ao setor comercial e outros, deixando a Educação à mercê das tristes condições encontradas atualmente.
Dessa forma, a precária educação, sendo a base ideológica e formadora de uma população, causa um aumento da violência e desemprego, levando ao crescimento da desigualdade social, como também dificuldades enfrentadas em diversas áreas que tratam do relacionamento interpessoal para se manter, como as relações comerciais, políticas e judiciais. Logo, pessoas de baixa escolaridade têm suas chances de emprego e qualidade de vida brutalmente diminuídas, já que a sociedade atual está cada vez mais competitiva, selecionando os mais aptos, tendo em vista que a oferta é menor que a procura, fazendo com que essas pessoas que vivem à margem da população ingressem na marginalidade. Além disso, a formação de políticos corruptos afeta ainda mais a Educação através do desvio de verbas e lavagem de dinheiro.
Porém, o governo tem tomado certas decisões que aparentemente resolvem a situação, como no caso do ENEM, a criação de cotas que, além de discriminatórias, são um escape para os investimentos a longo prazo na Educação pública do país, no entanto, o Plano Nacional de Educação (PNE) exige que o governo federal destine 10% do PIB para a educação pública no período de dez anos, além de outras medidas tomadas pela Conferência Nacional de Educação (CONAE) que visa aumentar as estatísticas de crianças em creches (50%), pré-escola (100%), universalização do Ensino fundamental, garantir educação dos jovens de 15 a 17 anos (85%) no ensino médio, e de 18 a 24 anos(3%) no superior.
Portanto, além dessas inúmeras medidas que foram aprovadas e devem ser cumpridas num prazo de dez anos, tem-se que[é preciso investir em infraestrutura e principalmente na qualificação dos profissionais responsáveis pela formação educacional dos cidadãos brasileiros.

Novos modelos de educação

Redação escrita por elineide silva ibiapino luis.

Criar um novo modelo para uma educação melhor, será uma iniciativa importante para população, pois o país nesse momento não estar em seus melhores momentos, devido á falta de investimentos nesse setor.
Técnicas de desenvolvimento educativo proporciona uma melhor qualidade de ensino e um avanço no país, projetos que serão apresentados para que a educação melhore cada vez mais, isso ajudará no desempenho e no crescimento da nação, onde muitos estudantes terão oportunidade de crescer futuramente na sua vida profissional.
Ações que foram e serão desenvolvidas por partes dos governantes que desempenhará função importante para a população brasileira, como, reformas das escolas publicas, melhorias de condições de estudos, facilitamento na entrada nas universidades através do sistema fies.
Com isso ajudando pessoas e famílias de baixa renda que não tem a condição de educar seus filhos por falta de recursos financeiros dando uma oportunidade para que na frente possa ter um futuro promissor e uma vida digna através de seu esforço alcançado durante sua vida estudantil.

Educação: a chave para a mudança



Escolas em péssimo estado, professores despreparados, alunos desmotiva-dos. Enfim, o quadro da educação no Brasil, que ocupa uma das posições mais baixas nos "rankings" mundiais, é deplorável. Mas, qual é o real propósito de investir em educação? Por que países desenvolvidos, como Noruega e Finlândia, investem tanto nessa área? Há alguma ligação entre esses investimentos e o grau de desenvolvimento?

Primeiramente, a educação é um direito previsto pela Constituição Brasi-leira. Logo, cabe aos governantes criarem políticas eficiente e medidas abrangentes para que a população, pela qual responde, desfrute desse direito. O que falta, também, é um investimento maciço no setor, como fez a Coréia do sul, após a Guerra das Coréias. Das universidades coreanas, por exemplo, saíram tecnologias utilizadas por empresas como Hyundai e Samsung, ícones nos setores automobilístico e de telecomunicações, respectivamente.

Além disso, a busca por uma melhor qualidade de vida faz com que as pessoas procurem melhores empregos, que por sua vez, pedem melhores níveis educacionais. Mas, a educação não trás somente bons empregos. Ela proporciona o pensamento crítico e a análise lógica, fatores indispensáveis para a criticidade de um indivíduo. Afinal, o fato de um povo ignorante ser mais influenciável do que uma população mais culta não é uma coincidência.

Em suma, a educação transforma um país, tanto em aspectos econômicos, quanto tecno-culturais. Para o Brasil alcançar níveis positivos na área, cabe a nós, população, fazer valer os nossos direitos; quer seja exigindo melhores níveis de preparo dos docentes, quer seja cobrando uma melhor infra-estrutura. Porque a educação não só transforma a vida das pessoas, mas modifica toda uma sociedade.


Limites entre saúde e estética


Redação escrita por Patrícia Nunes

Relativo ao tema limites entre saúde e estética, é possível destacar tantos aspetos possíveis quanto negativos. Se por um lado com a prática de exercícios físicos estamos combatendo, uma série de problemas, como o sedentarismo e a obesidade. Por outro a má qualidade do serviço estético tem dado, muita dor de cabeça no paciente insatisfeito.

Tendo em vista o aumento de pessoas cada vez mais preocupadas com a saúde e o tipo físico, as academias lotadas vem solucionando, consideravelmente alguns problemas da sociedade no aspeto sedentário.

Em 2014, alerta que o excesso de peso já atinge 52, 5% da população adulta do país. Com a falta de uma boa alimentação, práticas de exercícios físicos, vem se tornando comum a obesidade no Brasil, onde antigamente lutavamos pela desnutrição.

Convém lembrar ainda que a má qualidade de profissionais na área da estética, e a falta de conhecimento do produto, podem causar problemas graves de saúde. Um exemplo de muita repercussão na mídia, foi a modelo e apresentadora Andressa Urach, que ao enjetar hidrogel nas pernas, não sabia ela que anos depois, ficaria entre a vida e a morte, por conta de complicações em uma cirurgia de retirada da substância.

Fica clara, portanto a conscientização a favor da prática das atividades físicas, respeitando seus limites. Em relação ao abuso estético, é necessário que haja uma conversação entre médico e o familiar autorizar, ou não aquele procedimento. Respeitando sempre a segurança do paciente em determinadas circunstâncias, para que assim seja menor o número de vítimas insatisfeitas no Brasil.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Os limites entre a estética e a saúde

Redação escrita por Josiane Gomes.

Os meios de comunicação são instrumentos que transmitem diversas informações em pouco tempo. Portanto, estes tornam-se uma grande influência na sociedade. Por meio deles um padrão de beleza é fixado e a busca desenfreada pelo corpo ideal se inicia, tendo consequências muitas vezes irreversíveis.

Essa busca incessante tem levado muitos a quase perderem suas vidas. Um caso bastante comentado na mídia foi o da modelo e apresentadora Andressa Urach, internada por vários dias no hospital devido a uma infecção na coxa causada pela aplicação em grande quantidade de hidrogel, substância usada para aumentar o volume de determinadas regiões, bem como preencher linhas e rugas no rosto e pescoço.

Acresça-se a isso a anorexia e a bulimia, doenças originadas por distúrbios alimentares, sendo a desidratação uma das suas principais consequências. Além disso, muitos jovens tomam anabolizantes para aumentar o tamanho dos músculos, causando assim diversos problemas no corpo. Em casos mais graves, sofrem até ataques cardíacos.

Em virtude disso, o Governo tem a responsabilidade de também usar a mídia para alertar e conscientizar a sociedade dessas consequências gerada pelo desejo desenfreado de ter o corpo perfeito. Além de mostrar a importância do acompanhamento médico antes do consumo ou aplicação de qualquer substância.

Diálogo entre ciência e sociedade


A ciência realiza novas descobertas frequentemente, fato que possibilita melhorias e desenvolvimento de novas tecnologias. Entretanto, muitas vezes a sociedade não entende o método científico e muitas coisas são confrontadas com paradigmas culturais, morais ou religiosos. Para lidar com isso, é necessário haver comunicação entre o meio científico e a população.

Inicio:
Muito se discute a respeito dos limites que devem ser impostos em relação as novas tecnologias e suas influências.Principalmente, quando afeta diretamente a religiosidade relacionada a seus princípios fundamentais, uma vez que, tais evoluções estão sendo capazes de distorcer a realidade pura.Faz-se necessário, portanto, rever os conceitos filantrópicos sobre a origem da vida a fim de tornar acordos mais comunicativos e favoráveis para ambos.
Um aspecto a ser considerado é a compreensão das evoluções tecnológicas á séculos atrás pelos religiosos, com conflitos filosóficos competindo pela autoridade da vida sobre a realidade.A ciência, por sua vez dia-a-dia está mais capacitada, provendo vários feitos revolucionários como por exemplo: a realização de crianças em laboratório onde a partir de 1978 com Patrick Steptoe e Robert Edwards proverão um sonho de muitos casais inférteis.
Somado a isso, é preciso micro-estruturar os fatores evolutivos das tecnologias em consonância com religião que leva em conta regras aliado aos seus princípios sagrados para que possa relevar certos valores.Na atual legislação mundial são enfatizados o dever da liberdade de escolha ( Art.1 Declaração Universal dos Direitos Humanos ) onde todo ser humano é capaz de evoluir, criar, elaborar ou mesmo retroceder, seguir, obedecer.
Cabe, portanto, aos Direitos Universais um fortalecimento nas políticas sócio-educativas de conduta e respeito de escolha individual perante a sociedade para que haja uma consolidação de uma pátria mundial livre sobe múltiplas escolhas perante a lei, respeitando assim a evolução das espécies tecnológicas como também religiosas. 

sábado, 19 de setembro de 2015

Interpretação de textos



Texto
Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finalidade a identificação de um  leitor autônomo. Portanto, o candidato deve compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de necessitar de um bom léxico internalizado.
As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto em que estão inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um confronto entre todas as partes que compõem o texto.
Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por trás do texto e as
inferências a que ele remete. Este procedimento justifica-se por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do autor diante de uma temática qualquer.
Denotação e Conotação
Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expressão gráfica, palavra) e significado, por esta ligação representar uma convenção. É baseado neste conceito de signo lingüístico (significante + significado) que se constroem as noções de denotação e conotação.
O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, o chamado sentido verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras é a atribuição de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreensão, depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada construção frasal, uma nova relação entre significante e significado.
Os textos literários exploram bastante as construções de base conotativa, numa tentativa de extrapolar o espaço do texto e provocar reações diferenciadas em seus leitores.
Ainda com base no signo lingüístico, encontra-se o conceito de polissemia (que tem muitas significações).
Algumas palavras, dependendo do contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste caso, não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim ampliando sua significação através de expressões que lhe completem e esclareçam o sentido.
Como Ler e Entender Bem um Texto
Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extraem-se informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o próximo nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para resumir a idéia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça a memória visual, favorecendo o entendimento.
Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva, há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes.
No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momentos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica da fonte e na identificação do autor.
A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não, exceto, errada, respectivamente etc. que fazem  diferença na escolha adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra alternativa mais completa.

Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A descontextualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter idéia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta será mais consciente e segura.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Citoplasma

Nas células procariotas, o citoplasma compreende toda a região interna da célula delimitada pela membrana plasmática; nas células eucariotas, o citoplasma é a região compreendida entre a membrana plasmática e a membrana nuclear. 

Quando observado em microscopia óptica, ele apresenta um aspecto homogêneo. Entretanto, ao ser observado em microscopia eletrônica, revela a presença de diversas estruturas de aspectos diferentes. 

COMPONENTES DO CITOPLASMA

Hialoplasma

Também conhecido por matriz citoplasmática, citoplasma fundamental, citosol, está presente em qualquer tipo de célula (procariotas e eucariotas) e se constitui numa mistura formada por água, proteínas, aminoácidos, açucares, ácidos nucleicos e íons minerais. é na realidade um sistema coloidal, no qual a fase dispersante é constituída por água, e a fase dispersa é constituída, principalmente, por proteínas. 

Três tipos de filamentos proteicos podem ser encontrados imersos no hialoplasma das células eucariotas: microfilamentos, microtúbulos e filamentos intermediários. Os microfilamentos são constituídos por uma proteína contrátil chamada actina, embora, às vezes, encontre-se também outra proteína, a miosina. Os microtúbulos são constituídos por uma proteína chamada tubulina. Tanto os microfilamentos como os microtúbulos resultam da associação de proteínas globulares, que podem se juntar ou se separar, rapidamente, no interior da célula. 

Os filamentos intermediários, formados por uma grande e heterogênea família de proteínas, estende-se desde a região junto à membrana plasmática até o núcleo. Aumentam a resistência da célula às tensões e ajudam na sustentação mecânica do núcleo e das organelas citoplasmáticas. 

Os microfilamentos, os microtúbulos e os filamentos intermediários formam uma complexa rede de finíssimos filamentos e túbulos entrelaçados e interligados, constituindo o chamado citoesqueleto. 

Citoesqueleto é responsável pela manutenção da forma da célula e por determinados tipos de movimentos celulares, como a ciclose e os movimentos ameboides. 

OBSERVAÇÃO.:
As células procariotas não possuem citoesqueleto.

O hialoplasma da porção mais interna do citoplasma encontra-se em contínuo movimento de circulação, impulsionado pela contração rítmica de microfilamentos proteicos. Esse movimento de circulação, observado, notadamente, em células vegetais, tem o nome de ciclose e ajuda a distribuir substâncias através do citoplasma. A velocidade da ciclose pode aumentar ou diminuir em função de determinados fatores, por exemplo, a temperatura. sua velocidade aumenta com a elevação da temperatura e diminui em temperaturas baixas. 

Ciclose - Nas células vegetais, devido à presença do grande vacúolo de suco celular, o hialoplasma fica restrito a uma pequena faixa entre o vacúolo e a membrana plasmática, tornando a ciclose bastante evidente, deslocando núcleo e organelas, como mitocôndrias e cloroplastos. Em função da ciclose, as células vegetais são capazes de aproveitar melhor a quantidade de luz que recebem, espalhando seus cloroplastos uniformemente no citoplasma quando há pouca luz, e agrupando-os, quando há excesso de luz. 

Algumas células conseguem se deslocar através da formação de pseudópodos: é o chamado movimento ameboide, realizado pelas amebas, macrófagos e leucócitos. Os movimentos que levam à formação dos pseudópodos também são de responsabilidade dos microfilamentos. 

Os microtúbulos, além de participarem da formação do citoesqueleto, também participam da formação dos centríolos, do fuso da divisão celular e da formação dos cílios e flagelos. 

No hialoplasma, ocorrem importantes reações do metabolismo celular, como as reações da glicólise (1ª etapa da respiração celular), nas quais a glicose é transformada em moléculas menores de ácido pirúvico. É também no hialoplasma que muitas substâncias de reserva, como as gorduras, o amido e o glicogênio, ficam armazenadas. 

RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO

Também chamado de retículo endoplasmático, é encontrado apenas em células eucariotas (animais e vegetais), sendo constituído por um sistema de túbulos (canalículos) cisternas de paredes membranosas e intercomunicantes que percorrem todo o citoplasma, estendendo-se, muitas vezes, desde a superfície externa da membrana plasmática até a membrana nuclear. É subdividido em não granuloso (liso) e granuloso (rugoso).  

Retículo endoplasmático liso - não possui ribossomos aderidos às suas paredes. 
Retículo endoplasmático rugoso - possui ribossomos aderidos às suas paredes.

Entre as funções desempenhadas pelo retículo endoplasmático, destacamos: 

  • Transporte ou distribuição de substâncias - Através do citoplasma, auxilia a circulação intracelular de partículas pelo interior de seus túbulos ou canalículos.
  • Facilitar o intercâmbio (troca) de substâncias - Muitos dos canalículos que constituem o meio extracelular estendem-se desde a superfície externa da membrana plasmática até a membrana nuclear. 
  • Armazenamento de substâncias - substâncias produzidas no interior da célula ou vindas do meio extracelular podem ser armazenadas no interior do retículo endoplasmático até serem utilizadas pela célula. Isso acontece, por exemplo, nas células musculares, nas quais íons Ca++ ficam armazenados no interior do retículo até serem utilizados no mecanismo da contração muscular. 
  • Neutralização de toxinas - Nos hematócitos (células do fígado), o retículo endoplasmático não granuloso absorve substâncias tóxicas, modificando-as ou destruindo-as, de modo a não causarem danos ao organismo. É a atuação do retículo das células hepáticas que permite eliminar parte do álcool, medicamentos e outras substâncias nocivas que ingerimos. Nos hepatócitos, portanto, o retículo endoplasmático realiza uma função de desintoxicação. 
  • Síntese de substâncias - O retículo liso destaca-se na fabricação de lipídios, principalmente esterídeos. Já o retículo rugoso, devido à presença dos ribossomos, destaca-se na síntese de proteínas. 


COMPLEXO GOLGIENSE (COMPLEXO DE GOLGI, SISTEMA GOLGIENSE, APARELHO DE GOLSI)


Encontradas apenas em células eucariotas, essa organela é, na realidade, uma região modificada do retículo endoplasmático liso, constituída por unidades denominadas sáculos lameliformes (ou dictiossomos ou golgissomos). 

Dictiossomo - Cada dictiossomo é uma pilha de sáculos achatados de onde se desprendem pequenas vesículas; nas células dos animais vertebrados, os dictiossomos se concentram numa mesma região do citoplasma, que é variável de um tipo celular para outro. Nos neurônios, por exemplo, eles se concentram ao redor do núcleo (posição porinuclear); nas células glanulares, ficam entre o núcleo e o polo secretor (posição apical). Nas células dos vegetais, os dictissomos estão separados e espalhados pelo citoplasma. Nesse caso, diz-se que o complexo golgiense é difuso (espalhado).

O complexo golgiense realiza as seguintes funções:
  • Armazenamento de secreções - Secreções são substâncias que as células produzem e "exportam" para o meio extracelular. As secreções, portanto, exercem suas ações em um outro local, e não no interior das células que form produzidas. As proteínas tipo "exportação", por exemplo, são sintetizadas no retículo endoplasmático rugoso e enviadas para o sistema golgiense, onde são armazenadas para posterior eliminação, por clasmocitose, para o meio extracelular. 
  • Síntese de mucopolissacarídeos (muco) - Mucopolissacarídeos são substâncias formadas pela associação de proteínas com polissacarídeos. Tais substâncias possuem um aspecto viscoso e são encontradas, por exemplo, em nossas vias respiratórias e digestivas, exercendo função de proteção e lubrificação das mucosas. Os mucopolissacarídeos são formados da seguinte maneira: no sistema golgiense, os monossacarídeos sofrem polimerização (ligam-se uns aos outros), formando polissacarídeos. Em seguida, esses polissacarídeos combinam-se com proteínas provenientes do retículo granuloso, formando-se, assim, as glicoproteínas, que constituem os mucopolissacarídeos. Um bom exemplo de células produtoras de muco são as células caliciformes, encontradas, por exemplo, nas vias respiratórias. 
  • Síntese de lipídeos - Em determinadas células, como nas células foliculares dos ovários, nas células de Leydig dos testículos e nas células do córtex das glândulas suprarrenais, o sistema golgiense está relacionado com a produção de lipídeos esterídeos. Os hormônios sexuais, como o estrógeno e a testosterona, assim como os corticosteroides (hormônios do córtex das suprarrenais) são esterídeos produzidos no sistema golgiense das células. 
  • Formação da lamela média nos vegetais - A união de células vegetais vizinhas é feita através de uma espécie de "cimento" intercelular: a lamela média. Quimicamente, a lamela média é constituída por substâncias pécticas ou pectinas (pectatos de cálcio e magnésio), que são polissacarídeos associados a minerais. O sistema golgiense das células vegetais é a organela responsável pela secreção dessas substâncias. 
  • Formação do acrossomo no espermatozoide - O acrossomo é um corpúsculo contendo a enzima hialuronidase, encontrado na cabeça do espermatozoide. A enzima hialuronidase é liberada por ocasião da fecundação, pois é necessária para promover a perfuração da camada de ácido hialurônico que envolve e protege o gameta feminino, permitindo, assim, a penetração do espermatozoide. 

MITOCÔNDRIAS (os)

Estão presentes apenas no citoplasma de células eucariotas. .São orgânulos esféricos, ovalados ou alongados, delimitados por duas membranas lipoproteicas: membrana externa e membrana interna. A membrana externa é lisa e contínua, enquanto que a interna apresenta invaginações ou dobras, denominadas cristas mitocondriais. Nas cristas mitocondriais, encontra-se as partículas elementares, enzimas que têm importante papel nas reações da cadeia respiratória. 

O espaço interno das mitocôndrias é preenchido por um material de consistência fluida, denominado matriz mitocondrial, constituído por água, carboidratos, íons minerais, moléculas de RNA e DNA. Imersos nessa matriz também são encontrados ribossomos (mitorribossomos). 
apesar de seu tamanho reduzido, as mitocôndrias podem ser evidenciadas em microscopia óptica, uma vez que podem ser coradas em células vivas com o verte-janus, corante específico para sua evidenciação. 

O número de mitocôndrias numa célula é muito variável, oscilando entre algumas dezenas e várias centenas. Como as mitocôndrias relacionam-se com os processos energéticos (produção de ATP), quanto maior é a atividade metabólica de uma célula, maior é o número de mitocôndrias. O conjunto de todas as mitocôndrias de uma célula tem o nome de condrioma. 

As mitocôndrias, devido à presença de DNA em sua estrutura, são capazes de autoduplicarem. A autoduplicação ou duplicação das mitocôndrias recebe o nome de condriocinese. 

Quanto à função, mitocôndrias estão diretamente envolvidas no processo de respiração celular aeróbica, que tem por objetivo obter energia para as atividades celulares. 

PLASTOS

Encontrados apenas em células eucariotas vegetais, os plastos estão subdivididos em dois grandes grupos: Leucoplastos e cromoplastos. 

  • Leucoplastos - São incolores, isto é, desprovidos de pigmentos (apigmentados) e relacionam-se com armazenamento de reservas nutritivas. Conforme o tipo de substâncias armazenada neles, recebem uma denominação especial: amiloplastos, (armazenam amido), oleoplastos (armazenam óleos) e proteoplastos (armazenam proteínas). 
  • Cromoplastos - São coloridos, isto é, possuem pigmentos. Relacionam-se com a absorção de luz e com a fotossíntese. De acordo com sua coloração, recebem uma denominação especial: Cloroplastos (verdes, devido à presença do pigmento verde clorofila), xantoplastos (amarelos, devido a presença do pigmento amarelo xantofila) e eritroplastos (vermelhos, devido à presença do pigmento vermelho licopeno, ficoeritrina ou eritrofila). 
Numa célula, podem existir diferentes tipos de plastos, e o conjunto de todos eles recebe o nome de plastidoma. 

De todos os tipos de plastos, os cloroplastos são os mais importantes, uma vez que neles ocorre a reação de fotossíntese. 

Os cloroplastos podem apresentar morfologia variada: em certas algas, podem ser espiralados ou estrelados; nas células dos vegetais superiores, normalmente são esféricos ou ovoides. 

Quanto à sua estrutura, os cloroplastos estão delimitados por duas membranas lipoproteicas: membrana externa e membrana externa. A membrana interna forma invaginações (dobras) para o interior da organela. Essas dobras se dispõem paralelamente e receberam o nome de lamelas. Sobre essas lamelas, encontramos pequenas estruturas discoides, constituídas de clorofila, denominadas tilacoides. Os tilacoides se dispõem uns sobre os outros, formando pilhas. Cada pilha de tilacoides recebe o nome de granum, cujo plural é grana. O espaço interno do cloroplasto é preenchido por uma mistura denominada estroma, constituída por água, proteínas, carboidratos, lipídeos, RNA e DNA. No estroma, também existem ribossomos. A presença de DNA nessa organela justifica sua capacidade de autoduplicação, enquanto que a presença de ribossomos permite a realização de síntese de proteínas em seu interior. 

Os plastos podem se transformar uns nos outros. Assim, cloroplastos podem se transformar em xantoplastos e eritroplastos (no processo de amadurecimento de certos frutos, por exemplo) e, pela ausência de luz, podem se transformar em leucoplastos. 

LISOSSOMOS

Pequenas vesículas delimitadas por membrana lipoproteica originárias do sistema golgiense, contendo enzimas digestivas (hidrolíticas), que têm atividade máxima em meio ácido e, por isso, também são genericamente denominadas de hidrolases ácidas. Essas enzimas são produzidas no retículo endoplasmático granuloso e daí vão para o sistema golgiense, do qual desprendem pequenas vesículas, os lisossomos, contendo as referidas enzimas. As enzimas lisossômicas são ativas em meio ácido (pH entre 4,5 e 5,0). 
A acidez do interior do lisossomo é obtida do bombeamento de íons H+ para o interior dessas organelas. Na membrana do lisossomo, existe uma enzima que, utilizando energia liberada de ATP, bombeia íons H+ para dentro dos lisossomos. Como o hialoplasma é um meio neutro (pH = 7,0), se a membrana de um lisossomo se rompe liberando suas enzimas, isso não acarretará grandes danos à célula, uma vez que as enzimas lisossômicas são pouco ativas em um meio neutro. Entretanto, havendo ruptura simultânea de muitos lisossomos, haverá extravasamento excessivo de enzimas, podendo pôr em risco a integridade da célula, levando-a inclusive à morte. 

Os lisossomos são organelas típicas de células eucariotas animais e têm como função realizar a digestão intracelular. Essa digestão pode ser dos seguintes tipos: heterofagia e autofagia. 
  • Heterofagia (digestão heterofágica) - Consiste na digestão de material exógeno, isto é, material proveniente do meio extracelular e que penetra na célula por endocitose (fagocitose ou pinocitose). Trata-se, portanto, da digestão do fagossomo ou do pinossomo. Uma vez dentro da célula, o fagossomo (ou o pinossomo) junta-se a um lisossomo (lisossomo primário) e, dessa união, surge o vacúolo digestivo ou lisossomo secundário. No interior do vacúolo digestivo, o material englobado por fagocitose ou pinocitose é digerido pelas enzimas lisossômicas. Os nutrientes resultantes dessa digestão são liberados no hialoplasma e aproveitados pela célula. O material que não foi digerido, isto é, as sobras ou resíduos dessa digestão permanecem dentro do vacúolo, que passa, então, a ser chamado de vacúolo residual ou corpo residual. Uma vez formado, o vacúolo residual funde-se à membrana plasmática da célula e, por clasmocitose, libera os resíduos no meio extracelular. Alguns autores chamam essa clasmocitose realizada pelo vacúolo residual de defecação celular. 
  • Autofagia (digestão autofágica) - consiste na digestão de material endógeno, isto é, material do próprio meio intracelular. Às vezes, certas organelas citoplasmáticas tornam-se inativas, deixando de realizar suas funções. Nesse caso, a organela inativa será digerida pelas enzimas lisossômicas. Na autofagia, o lisossomo primário junta-se à organela inativa, formando o vacúolo autofágico ou autofagossomo. No vacúolo autofágico, a organela é digerida. Os nutrientes provenientes dessa digestão são repassados para o hialoplasma e aproveitados pela célula, enquanto as "sobras" contidas no vacúolo residual são eliminadas por clasmocitose, no meio extracelular. 
Os lisossomos também estão relacionados com o processo da autólise, fenômeno que consiste na destruição da célula por suas próprias enzimas, ou seja, é uma autodestruição celular. Para que isso ocorra, é preciso que haja ruptura da membrana de vários lisossomos com consequente extravasamento de suas enzimas para o hialoplasma. Em contato direto com o hialoplasma, as enzimas lisossômicas iniciam o processo de digestão de toda a célula. 

A autólise é um processo que ocorre, normalmente, após a morte do organismo. Após nossa morte, por exemplo, as células entram em processo de autólise (autodestruição), o que aliás, justifica, em parte, a degeneração cadavérica. Sabe-se que, assim que a célula morre, os lisossomos se rompem, aos poucos, liberando suas enzimas que, evidentemente, aceleram o processo de degradação do material celular, simultaneamente à ação dos micro-organismos decompositores. 

A autólise também acontece em alguns processos patológicos (doenças), como na silicose. Na silicose, doença pulmonar causada pela inalação constante de pó de sílica, muito comum em trabalhadores de pedreiras e minas, as células pulmonares e, assim, há o extravasamento das enzimas que, então, iniciam o processo de autólise, que leva à destruição e à morte das células pulmonares. 

PEROXISSOMOS

São pequenas vesículas membranosas, originárias do retículo endoplasmático não granuloso, encontradas em células eucariotas de animais e vegetais. Tais vesículas armazenam em seu interior determinadas enzimas, as oxidases, que catalisam reações que modificam substâncias tóxicas, tornando-as inofensivas para as células. 
Nas células dos rins e do fígado, por exemplo, existem grandes peroxissomos que tem importante papel na destruição de moléculas tóxicas, como o etanol das bebidas alcoólicas ingeridas pelo organismo. Aproximadamente 25% do álcool ingerido pelo ser humano é degradado pelos peroxissomos. O restante é degradado pelo retículo endoplasmático não granuloso. Nas reações de degradação das moléculas tóxicas que ocorrem nos peroxissomos, átomos de hidrogênio presentes na molécula da substância tóxica são transferidos ao oxigênio, originando, como resíduo, a água oxigenada ou o peróxido de hidrogênio. Entretanto, a água oxigenada formada como subproduto dessas reações também é uma substância tóxica para a célula tendo, inclusive, ação mutagênica. No entanto, nos peroxissomos também existe uma enzima, a catalase, que rapidamente promove o desdobramento da água oxigenada, transformando-a em água e oxigênio. 

Um tipo particular de peroxissomos, os glioxissomos, são encontrados em células vegetais de sementes oleaginosas (algodão, amendoim, girassol, etc.). Os glioxissomos possuem oxidases que atuam em reações que transformam lipídios em açucares, que são utilizados como fontes de energia para o metabolismo celular. A glicose produzida a partir dos lipídios de reserva nas sementes é distribuída para a plântula em formação e serve de fonte energética até que os cloroplastos se formem nas folhas jovens e iniciem a fotossíntese.

VACÚOLOS

São vesículas membranosas de diferentes tamanhos e relacionadas com diferentes funções. Podem ser subdivididos em: 

  • Vacúolos relacionados com os processos de digestão intracelular - Nesse grupo, temos os vacúolos alimentares (fagossomos e pinossomos), os vacúolos autofágicos e os vacúolos residuais. 
  • Vacúolos contráteis ou pulsáteis - Aparecem em seres unicelulares dulcícolas desprovidos de parede celular e têm a finalidade de bombear, por transporte ativo, água para o meio extracelular, impedindo, assim, que a célula "estoure" devido a excesso de água em seu interior. 
  • Vacúolos de suco celular ou vacúolos vegetais - São encontrados apenas em células eucariotas vegetais. Estão delimitados por uma membrana lipoproteica, denominada tonoplasto, e contêm em seu interior o suco vacuolar, solução aquosa na qual, muitas vezes, estão dissolvidos açucares, sais minerais e pigmentos. 

Vacúolo de suco celular - Nas células vegetais jovens, os vacúolos de suco celular são pequenos e numerosos. À medida que a célula vai se desenvolvendo, os vacúolos se fundem uns com os outros, formando vacúolos maiores. Assim, na célula vegetal adulta, normalmente, aparece um único e volumoso vacúolo de suco celular que ocupa uma grande área do citoplasma. Esse vacúolo, na célula adulta, é um reservatório de água, sais, pigmentos e açucares. A concentração da solução existente dentro desse vacúolo exerce importante papel no mecanismo osmótico da célula vegetal. 

RIBOSSOMOS

Estruturas não membranosas, encontradas em células procariotas e eucariotas, foram descobertos em 1953 por George Palade, razão pela qual foram inicialmente denominados grânulos de ribonucleoproteínas, pois são constituídos por RNA-r e proteínas. 

Nas células procariotas, os ribossomos são encontrados dispersos pelo hialoplasma. Nas eucariotas, além de serem encontrados dispersos pelo hialoplasma, também estão presentes no retículo endoplasmático rugoso, na matriz mitocondrial e no estroma dos cloroplastos. 

A função dos ribossomos é a síntese de proteínas. Para exercer essa função, precisam estar ligados a uma fita de RNA-m. Muitas vezes, vários ribossomos ligam-se a uma mesma molécula de RNA-m. O complexo formado pela molécula de RNA-m e de diversos ribossomos a ela associados recebem o nome de polissomo ou polirribossomo. No polissomo, todos os ribossomos percorrem a mesma fita de RNA-m e, assim, os peptídeos por eles produzidos serão idênticos, uma vez que terão a mesma sequência de aminoácidos. 

CENTRÍOLOS

São estruturas não membranosas encontradas em células eucariotas de animais e de vegetais (exceto angiospermas). 

Em geral, a célula apresenta um par de centríolos dispostos perpendicularmente um ao outro, ocupando, normalmente, uma posição próxima ao núcleo celular em uma região denominada centro celular (centrossomo). Esse par de centríolos é denominado diplossomo. 

Centríolos - Cada centríolo é formado por 27 túbulos proteicos, organizados em nove grupos de três túbulos cada. Esses túbulos proteicos são, na realidade, microtúbulos, constituídos por proteínas denominadas tubulinas. Tem sido descrita, também, a ocorrência de duas outras proteínas: a nexina e a dineína, que fazem a ligação entre os dois centríolos constituintes do diplossomo, bem como a ligação entre os microtúbulos de cada centríolo. 

Os centríolos podem se duplicar por montagem molecular, isto é, podem orientar a formação de novos microtúbulos a partir da associação de moléculas de tubulinas e, consequentemente, formar novos centríolos. 

Nas células eucariotas, os centríolos são responsáveis pela formação dos cílios e flagelos, estruturas filamentosas móveis que se projetam da superfície celular. Os cílios e os flagelos são centríolos modificados. A parte basal dos cílios e dos flagelos é denominada cinetossomo e tem a mesma estrutura do centríolo. 

Os cílios e os flagelos das células eucariotas têm a mesma origem e a mesma estrutura interna. A diferença entre eles deve-se basicamente a três fatores: os cílios são mais curtos que os flagelos; os cílios são mais numerosos do que os flagelos; o movimento dos cílios é diferente do movimento flagelar. 

Os cílios e os flagelos das células eucariotas têm a mesma origem e a mesma estrutura interna. A diferença entre eles deve-se basicamente a três fatores: Os cílios são mais curtos

APOPTOSE

é um fenômeno que consiste na morte celular geneticamente programada como parte de um processo normal, ou seja, é uma autodestruição celular geneticamente programada. Muitas células, durante os diferentes processos de formação dos organismos pluricelulares, são programadas para morrer. Uma das razões da apoptose é o fato de a célula, em determinado momento, não ser mais necessária ao organismo. Por exemplo, antes do nascimento, o feto humano apresenta mãos com membrana interdigital (entre os dedos). Com a continuidade do desenvolvimento, as células que constituem essa membrana sofrem apoptose e desaparecem.

A apoptose também acontece nas alterações estruturais que se verifica na metamorfose de certos animais. É por apoptose, por exemplo, que ocorre o desaparecimento da cauda do girino quando ele começa a transformar-se num animal adulto. Na apoptose, a célula fragmenta-se em vesículas revestidas por membranas denominadas corpos apoptóticos. Por serem revestidos por membranas, esses fragmentos são reconhecidos e fagocitados por macrófagos ou por células vizinhas. Assim, as células que morreram por apoptose são removidas do tecido sem que haja extravasamento do conteúdo celular, o que evita a ocorrência de processo inflamatório. Quando danificadas por substância tóxica, veneno, ou então quando são privadas de nutrientes essenciais, as células podem morrer por necrose e se romper, liberando seu conteúdo no meio extracelular, o que frequentemente resulta em inflamação. Na morte celular por apoptose, não ocorre esse extravasamento.

RESUMO BOTÂNICA – COLEÇÕES BOTÂNICAS, RAIZ, CAULE E FOLHA

RESUMO BOTÂNICA – COLEÇÕES BOTÂNICAS, RAIZ, CAULE E FOLHA Coleções Botânicas à Reuniões ordenadas de vegetais ou parte deles par...