sábado, 3 de outubro de 2015

A mulher no Brasil de hoje - Redação


A mulher, até recentemente, possuía pouca participação de destaque no cenário nacional. Normalmente envolvida nas atividades do lar e na criação dos filhos, a presença feminina, na maioria das profissões, era rara ou de valor secundário, inclusive na questão do ganho salarial. No século passado, os nomes mais famosos do universo feminino estavam concentrados na área artística e cultural, tais como a música, o teatro ou a escrita. Certamente, a nomeação da ministra Zélia Cardoso de Melo para chefiar a área econômica do Brasil, no início da década de 90, foi uma iniciativa arrojada e praticamente inédita na história da política brasileira.

O cenário da participação feminina no cotidiano brasileiro atual é bem diferente. Não existem mais diferenças entre as capacidades e possibilidades de ambos os sexos. Muito pelo contrário, como consequência da iniciativa da mulher brasileira de buscar a própria qualificação profissional e das políticas governamentais exclusivas sobre o tema, observa-se hoje que não existem mais barreiras para o seu progresso individual.

A recente conquista, pelo voto popular, da Presidência da República por Dilma Rousseff significa a consolidação do amadurecimento da sociedade brasileira no que tange à igualdade de todos perante a lei, conforme previsto na Constituição brasileira. Além disso, a composição do executivo recém-eleito com várias mulheres na chefia de ministérios reforça a tese do amadurecimento da sociedade nacional.

Da mesma forma, no cenário internacional, constata-se a presença da mulher brasileira com projeção e importância. A designação feminina para ocupar as representações nacionais no exterior, tais como embaixadas, consulados e a destacada vaga de representante do País na Organização das Nações Unidas (ONU) atestam a importância desse fato no crédito ao desenvolvimento atingido pelo Brasil nos últimos anos.

Portanto, observa-se, no despertar de mais uma nova década, que a situação social da mulher na sociedade brasileira atual é consideravelmente relevante e imprescindível. Mais ativa em áreas específicas, tais como a política, economia, educação superior e na diplomacia, a mulher brasileira se firma na atualidade como clara demonstração do amadurecimento da democracia brasileira, fundamentada na igualdade de oportunidades e na plena possibilidade de ascensão social.

Jornalistas autodeclaração racial e étnica: Desigualdades de gênero, raça e etnia

O racismo, o sexismo e o etnocentrismo são os principais fatores de desigualdades que afetam milhões de mulheres negras e indígenas em todo o país. A perversa combinação produz acessos diferenciados entre as mulheres em geral, aprofundando as desigualdades de gênero, raça e etnia na sociedade brasileira.
As estatísticas demonstram que mulheres negras e indígenas são maioria nas áreas de extrema pobreza no país e apresentam as piores condições de vida. Sob o impacto da negação cultural, enfrentam os danos emocionais gerados pela violenta discriminação cotidiana de gênero, raça e etnia na sociedade, incluindo a violência doméstica. Além disso, vivem com os piores salários, seja qual for a sua ocupação no mercado de trabalho, e estão na base da sub-representação feminina na mídia e nos espaços de poder.
O acesso desigual à saúde, por exemplo, vem produzindo um quadro de adoecimento e morte das populações negras e indígenas, onde as mulheres são as mais afetadas em todas as situações.
A invisibilidade da população negra e indígena na mídia bem como dos problemas que as vitimizam é histórica no Brasil. Há uma naturalização na forma de abordar esses grupos que são hegemônicas na grande mídia. Joel Zito Araújo (2010), por exemplo, analisando a produção televisiva, reconhece o elogio permanente das características estéticas das populações descendentes da Europa como uma ação efetiva da mídia na reiteração simbólica da ideologia do branqueamento.
Examinando a TV pública, Zito concluiu, entre outros fatores, que a há um baixo índice de exibição do pluralismo cultural brasileiro na programação, somado a um alto índice de sub-representação da população negra e indígena. Esses segmentos, quando representados, não escapam de estereótipos e estigmas consolidados no imaginário social brasileiro.
A pesquisa também avaliou o número de jornalistas na TV pública segundo a categoria raça/etnia. De acordo com os dados totais, há 93,3% de jornalistas eurodescendentes contra 5,5% de afrodescendentes, seguidos de 1,2% de indiodescendentes.
Outro estudo divulgado pela revista "Imprensa" através de artigo assinado por Flávio Carrança (2001), já apontava as desigualdades entre o número de jornalistas negros ou negras nas redações de jornais, revistas, rádio e televisão em todo o país. Dos cinco mil questionários enviados para as redações, apenas 230 responderam sobre a presença de jornalistas negros ou negras em seus quadros. Deste total, 36% confirmaram ter jornalistas afrodescendentes e 1,6% afirmaram ter profissionais negros ou negras em cargos de chefia ou de maior visibilidade.
Do ponto de vista ocupacional, embora a participação feminina seja crescente nas redações do país – segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), em 2008, as mulheres já eram maioria entre os/as jornalistas formalmente empregados/as no Brasil (54,4%) – a pouca presença de mulheres negras e indígenas neste setor indica uma estrutura ocupacional pouco plural, o que fortalece a uma visão deslocada e estereotipada da realidade desses grupos.
Para as mulheres negras e indígenas, portanto, o cenário midiático, seja do ponto de vista ocupacional, seja do ponto de vista da imagem veiculada, a situação é ainda mais agravante. Em razão do peso da discriminação de gênero, quando são apresentadas na televisão, além dos papéis submissos e infantilizados, são repetidamente associadas à imagem da mulher sensual, permissiva e que procura as satisfações sexuais (Quintão, 2004), aspectos que lhe são supostamente naturais.
A subrepresentação das mulheres negras e indígenas, o não reconhecimento de suas demandas específicas, os estereótipos no imaginário social que prevalecem sobre esses grupos, a prevalência da visão de inferioridade, a ausência de imagens positivas e a pouca produção de notícias com foco nos problemas que as afetam e as vitimizam são alguns dos desafios que precisam ser superados pela grande mídia no Brasil.
Por outro lado, a mídia – na qual a atividade jornalística se inclui – e a sociedade brasileira passam por um profundo processo de transformação, sobretudo, na última década. As novas tecnologias da informação têm disponibilizado recursos e ferramentas que oferecem maior capacidade de armazenagem, rapidez, agilidade e trocas de conteúdos, estimulando, por exemplo, o surgimento de inúmeras redes sociais. O fenômeno vem modificando as formas de pensar e agir da sociedade, com efeitos no campo ético, político e cultural.
Essas novas condições de possibilidades, combinadas com a pressão dos movimentos sociais, estão fornecendo as bases necessárias para a construção de um novo marco regulatório político e jurídico para as comunicações.
No rastro dessas mudanças, tem sido inegável o esforço dos movimentos sociais negros, do movimento de mulheres negras, do movimento de mulheres indígenas, bem como das feministas e de alguns setores da imprensa para a construção de uma mídia antirracista, antisexista e pluriétnica.
Enquanto se manter alheia a esses esforços, a mídia continuará sujeita a fazer coberturas sobre o tema pouco consistentes, desfocadas da realidade, sazonais e com uma visão estereotipada, sobretudo, das mulheres negras e indígenas. Portanto, ainda é recorrente o uso de estereótipos de gênero, a subrepresentação de mulheres negras e indígenas e a alusão direta ou indiretamente a ideias ou perspectivas de base racista, sexista, preconceituosa, pejorativa e estereotipada.
Em razão disso e, considerando-se a complexidade histórica da sociedade brasileira, sobretudo, no que se refere às relações etnicorraciais e de gênero, é notória a necessidade de construir metodologias para qualificar a formação sobre gênero, raça e etnia e estimular a produção de pautas e notícias a partir de um novo paradigma midiático.
O/a jornalista, por ser um/a profissional diferenciado/a que lida cotidianamente com a realidade social e suas dinâmicas como um campo de observação permanente, deve estar comprometido/a com o fortalecimento de uma imprensa cada vez mais alinhada à sua função social, cultural e educativa, com base em valores éticos e humanísticos, orientada para o interesse público e sob os princípios estabelecidos pelo Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros.
Fonte: Fenaj

DESIGUALDADES DE GÊNERO E RAÇA NO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO

O mercado de trabalho brasileiro está marcado por significativas e persistentes desigualdades de gênero e raça e esse é um aspecto que deve ser levado em conta nos processos de formulação, implementação e avaliação das políticas públicas em geral, e, em particular, das políticas de emprego, inclusão social e redução da pobreza.
As diversas formas de discriminação estão fortemente relacionadas aos fenômenos de exclusão social que originam e reproduzem a pobreza. São responsáveis pela superposição de diversos tipos de vulnerabilidades e pela criação de poderosas barreiras adicionais para que pessoas e grupos discriminados possam superar a pobreza e ter acesso a um trabalho decente. No Brasil, as desigualdades de gênero e raça não são fenômenos que estão referidos a "minorias" ou a grupos específicos da sociedade. Pelo contrário, são problemas que dizem respeito às grandes maiorias da população: segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2003, as mulheres representam 43% da População Economicamente Ativa (PEA) no Brasil e os negros (de ambos os sexos) representam 46%. Somados, correspondem a aproximadamente 70% da PEA (60 milhões de pessoas). As mulheres negras, por sua vez, correspondem a mais de 15 milhões de pessoas (18% da PEA) e, como resultado de uma dupla discriminação (de gênero e raça), apresentam uma situação de sistemática desvantagem em todos os principais indicadores sociais e de mercado de trabalho.
As desigualdades de gênero e raça são eixos estruturantes da matriz da desigualdade social no Brasil que, por sua vez, está na raiz da permanência e reprodução das situações de pobreza e exclusão social. Por isso, enfrentar essas desigualdades significa tratar de uma característica estrutural da sociedade brasileira, cuja transformação é imprescindível para a superação dos déficits de trabalho decente atualmente existentes, assim como para o efetivo cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
As desigualdades de gênero e raça se expressam claramente nos indicadores de mercado de trabalho, como tem sido demonstrado por vários estudos e pesquisas recentes. A análise acurada, precisa e sistemática desses indicadores e de sua evolução é uma condição para a elaboração de políticas e estratégias voltadas para alteração desse quadro.
A taxa de participação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro continua aumentando, mas ainda está marcada por uma forte diferença em relação à taxa de participação dos homens(1). A taxa de participação das mulheres mais pobres e com menos escolaridade ainda é muito inferior à taxa de participação das mulheres mais escolarizadas, o que indica a existência de diferenças importantes entre as mulheres relacionadas aos diferentes estratos de renda aos quais elas pertencem, e a dificuldade adicional de inserção das mulheres pobres no mercado de trabalho.
Durante os anos 90 e começo da presente década, observa-se uma importante elevação nos níveis de escolaridade da População Economicamente Ativa (PEA), com uma significativa diminuição da porcentagem de pessoas com menos escolaridade e um aumento nos níveis superiores de escolaridade. No conjunto da PEA, a porcentagem de pessoas com menos de quatro anos de estudo se reduziu de 35% para 24%, com menos de oito anos passou de 67% para 53% e com mais de oito anos cresceu de 33% para 47%.
No entanto, observam-se diferenças importantes por gênero e raça. Ainda que esses avanços tenham beneficiado homens, mulheres, negros e brancos, eles não se distribuiram igualmente entre esses grupos. O nível de escolaridade das mulheres é claramente superior ao dos homens, mas as desigualdades raciais não se reduzem.
A taxa de desemprego de mulheres e negros é sistematicamente superior à de homens e brancos e a taxa de desemprego das mulheres negras é quase o dobro da dos homens brancos.
Também persistem importantes diferenciais de remuneração no mercado de trabalho brasileiro relacionadas ao sexo e à raça/cor das pessoas. Os rendimentos das mulheres são sistematicamente inferiores aos dos homens, inclusive quando comparamos níveis similares de escolaridade. Por hora trabalhada, as mulheres recebem, em média, 79% da remuneração média dos homens (ou seja, 21% a menos) e os trabalhadores negros de ambos os sexos recebem em média a metade (50%) do que recebem o conjunto dos trabalhadores brancos de ambos os sexos. Por sua vez, as mulheres negras recebem apenas 39% do que recebem os homens brancos (ou seja, 61% a menos). Por mês, essas diferenças são ainda mais acentuadas: as mulheres recebem em média 66% do que recebem os homens, os negros 50% do que recebem os brancos, e as mulheres negras apenas 32% do que recebem os homens brancos.
Os rendimentos dos negros são sistematicamente inferiores aos dos brancos, inclusive entre aqueles que têm o mesmo nível de escolaridade. Em cada uma das faixas consideradas, inclusive entre aqueles que têm estudos pós-secundários (11 a 14 e 15 anos e mais), os negros recebem aproximadamente 30% a menos que os brancos. Se comparamos mulheres negras com homens brancos (ambos na faixa de 11 anos e mais de estudo), elas recebem apenas 46% do que recebem os homens brancos por hora trabalhada.
Esses dados põem por terra um dos argumentos mais freqüentemente utilizados para justificar os acentuados diferenciais de rendimento entre negros e brancos, que é o fato do nível de escolaridade dos trabalhadores negros, no seu conjunto, ser significativamente menor que o nível de escolaridade dos trabalhadores brancos. Apesar disso ser verdade, o dado acima indica que a diferença de escolaridade não é suficiente para explicar a diferença de rendimentos e que, portanto, há outros fatores que a explicam, entre elas os mecanismos de segregação ocupacional baseados na raça/cor das pessoas e uma série de mecanismos diretos e indiretos de discriminação.
Por outro lado, a segmentação ocupacional por gênero e raça persiste e exerce uma forte influência sobre os rendimentos e demais indicadores de qualidade de emprego de homens e mulheres, negros e brancos. A porcentagem de ocupações precárias, informais e de baixa qualidade sobre o total do emprego no Brasil é muito significativa: 57% (2). Mas essas cifras também evidenciam importantes diferenças de gênero e raça: enquanto a proporção de ocupações informais e precárias sobre o total do emprego masculino era de 54%, para as mulheres essa cifra era de 61% (ou seja, 13% superior). Em termos de raça essas desigualdades são ainda mais acentuadas: foram classificadas como informais ou precárias 50,4% das ocupações dos brancos (de ambos os sexos) e 65,3% das dos negros (de ambos os sexos), o que configura uma diferença de 29%.
Uma grande proporção da ocupação feminina se concentra nos segmentos mais precários do mercado de trabalho: trabalhadores por conta própria (com exceção dos profissionais ou técnicos), serviço doméstico e ocupados sem remuneração. A porcentagem de mulheres ocupadas no serviço doméstico (18%) está entre as mais altas entre os países latino-americanos. Se somamos a isso a porcentagem de ocupadas sem remuneração (15%), chegamos a uma cifra de 33%. Isso significa que um terço das mulheres que trabalham no Brasil ou não recebem nenhuma remuneração pelo seu trabalho ou estão ocupadas no serviço doméstico. Além disso, do total de ocupadas no serviço doméstico, apenas 27% têm carteira assinada (ou seja, mais de 2/3 delas não estão registradas e não gozam dos benefícios previstos na legislação do trabalho).
Em todas essas formas precárias de ocupação as mulheres negras estão sobre-representadas em relação às brancas: a porcentagem das que estão empregadas no serviço doméstico é 23,3%, e a de ocupadas sem remuneração é de 17,5%, o que soma 40,8%. Entre as trabalhadoras no serviço doméstico, 71,2% das brancas e 76,2% das negras não têm carteira assinada.
A divulgação sistemática de dados e estatísticas desagregadas por sexo e raça/cor (tais como os produzidos pela PNAD e pela Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED – realizada pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) tem contribuído de forma muito importante para evidenciar as desigualdades de gênero e raça que caracterizam o mercado de trabalho e a sociedade brasileiras. Desenvolver o conhecimento sobre as tendências de evolução desses indicadores, assim como sobre os obstáculos para uma inserção mais igualitária de mulheres e negros no mercado de trabalho é um aspecto fundamental das políticas que devem estar voltadas para a superação dessas desigualdades. Por outro lado, a integração das dimensões de gênero e raça à análise do mundo do trabalho ajuda não apenas a entender os problemas vividos por mulheres e negros e os fatores que os produzem, mas também a compreender melhor o funcionamento do mercado de trabalho em seu conjunto, assim como a dinâmica de produção e reprodução das desigualdades sociais no Brasil.

Laís Abramo é diretora do escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil

Desigualdades de gênero, raça e etnia

O racismo, o sexismo e o etnocentrismo são os principais fatores de
desigualdades que afetam milhões de mulheres negras e indígenas em todo o país. A perversa combinação produz acessos diferenciados entre as mulheres em geral, aprofundando as desigualdades de gênero, raça e etnia na sociedade brasileira.

As estatísticas demonstram que mulheres negras e indígenas são maioria nas
áreas de extrema pobreza no país e apresentam as piores condições de vida. Sob o impacto da negação cultural, enfrentam os danos emocionais gerados pela violenta discriminação cotidiana de gênero, raça e etnia na sociedade, incluindo a violência doméstica. Além disso, vivem com os piores salários, seja qual for a sua ocupação no mercado de trabalho, e estão na base da subrepresentação feminina na mídia e nos espaços de poder.

O acesso desigual à saúde, por exemplo, vem produzindo um quadro de
adoecimento e morte das populações negras e indígenas, onde as mulheres são as mais afetadas em todas as situações.

A invisibilidade da população negra e indígena na mídia bem como dos
problemas que as vitimizam é histórica no Brasil. Há uma naturalização na forma de abordar esses grupos que são hegemônicas na grande mídia. Joel Zito Araújo (2010), por exemplo, analisando a produção televisiva, reconhece o elogio permanente das características estéticas das populações descendentes da Europa como uma ação efetiva da mídia na reiteração simbólica da ideologia do branqueamento.

Examinando a TV pública, Zito concluiu, entre outros fatores, que a há um baixo índice de exibição do pluralismo cultural brasileiro na programação, somado a um alto índice de subrepresentação da população negra e indígena. Esses segmentos, quando representados, não escapam de estereótipos e estigmas consolidados no imaginário social brasileiro.
A pesquisa também avaliou o número de jornalistas na TV pública segundo a
categoria raça/etnia. De acordo com os dados totais, há 93,3% de jornalistas
eurodescendentes contra 5,5% de afrodescendentes, seguidos de 1,2% de
indiodescendentes.

Outro estudo divulgado pela revista “Imprensa” através de artigo assinado por
Flávio Carrança (2001), já apontava as desigualdades entre o número de jornalistas negros ou negras nas redações de jornais, revistas, rádio e televisão em todo o país. Dos cinco mil questionários enviados para as redações, apenas 230 responderam sobre a presença de jornalistas negros ou negras em seus quadros. Deste total, 36% confirmaram ter jornalistas afrodescendentes e 1,6% afirmaram ter profissionais negros ou negras em cargos de chefia ou de maior visibilidade.

Do ponto de vista ocupacional, embora a participação feminina seja crescente
nas redações do país – segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), em 2008, as mulheres já eram maioria entre os/as jornalistas formalmente empregados/as no Brasil (54,4%) – a pouca presença de mulheres negras e indígenas neste setor indica uma estrutura ocupacional pouco plural, o que fortalece a uma visão deslocada e estereotipada da realidade desses grupos.

Para as mulheres negras e indígenas, portanto, o cenário midiático, seja do ponto de vista ocupacional, seja do ponto de vista da imagem veiculada, a situação é ainda mais agravante. Em razão do peso da discriminação de gênero, quando são apresentadas na televisão, além dos papéis submissos e infantilizados, são repetidamente associadas à imagem da mulher sensual, permissiva e que procura as satisfações sexuais (Quintão, 2004), aspectos que lhe são supostamente naturais.
A subrepresentação das mulheres negras e indígenas, o não reconhecimento de
suas demandas específicas, os estereótipos no imaginário social que prevalecem sobre esses grupos, a prevalência da visão de inferioridade, a ausência de imagens positivas e a pouca produção de notícias com foco nos problemas que as afetam e as vitimizam são alguns dos desafios que precisam ser superados pela grande mídia no Brasil.

Por outro lado, a mídia – na qual a atividade jornalística se inclui – e a sociedade brasileira passam por um profundo processo de transformação, sobretudo, na última década. As novas tecnologias da informação têm disponibilizado recursos e ferramentas que oferecem maior capacidade de armazenagem, rapidez, agilidade e trocas de conteúdos, estimulando, por exemplo, o surgimento de inúmeras redes sociais. O fenômeno vem modificando as formas de pensar e agir da sociedade, com efeitos no campo ético, político e cultural.
Essas novas condições de possibilidades, combinadas com a pressão dos movimentos sociais, estão fornecendo as bases necessárias para a construção de um novo marco regulatório político e jurídico para as comunicações.
No rastro dessas mudanças, tem sido inegável o esforço dos movimentos sociais negros, do movimento de mulheres negras, do movimento de mulheres indígenas, bem como das feministas e de alguns setores da imprensa para a construção de uma mídia antirracista, antisexista e pluriétnica.

Enquanto se manter alheia a esses esforços, a mídia continuará sujeita a fazer
coberturas sobre o tema pouco consistentes, desfocadas da realidade, sazonais e com uma visão estereotipada, sobretudo, das mulheres negras e indígenas.
Portanto, ainda é recorrente o uso de estereótipos de gênero, a subrepresentação de mulheres negras e indígenas e a alusão direta ou indiretamente a ideias ou perspectivas de base racista, sexista, preconceituosa, pejorativa e estereotipada.

Em razão disso e, considerando-se a complexidade histórica da sociedade
brasileira, sobretudo, no que se refere às relações etnicorraciais e de gênero, é notória a necessidade de construir metodologias para qualificar a formação sobre gênero, raça e etnia e estimular a produção de pautas e notícias a partir de um novo paradigma midiático.

O/a jornalista, por ser um/a profissional diferenciado/a que lida cotidianamente com a realidade social e suas dinâmicas como um campo de observação permanente, deve estar comprometido/a com o fortalecimento de uma imprensa cada vez mais alinhada à sua função social, cultural e educativa, com base em valores éticos e humanísticos, orientada para o interesse público e sob os princípios estabelecidos pelo Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros.

Desigualdade étnica e de gênero

A desigualdade de gênero

A desigualdade de gênero esta muita bem associada com a sociedade em que vivemos hoje em dia, mas ao falar de desigualdade de gênero vem em nossa cabeça primeiro a desigualdade dos negros em relação aos brancos, das mulheres em relação aos homens, principalmente no mercado de trabalho, entre outras desigualdades.De modo geral vemos que negras não são bem aceitas na sociedade, principalmente na área profissional, ou seja, com o preconceito que as pessoas carregam em relação aos negros e depois em relação às mulheres por considera-las inferiores, frágeis e incapacitadas para executar a mesma tarefa executada por um homem, sendo assim vemos que as mulheres já são consideradas inferiores e se ela for negra ela ainda e mais discriminada na sociedade, um exemplo que podemos citar e que nas novelas a gente quase não vê uma mulher negra com um papel principal na novela, vemos que normalmente as mulheres negras são colocadas como empregadas, ou como uma pessoa qualquer.
Para começarmos a ver um pouco mais as questões de desigualdade em relação aos negros, vemos que hoje há esse grande desequilíbrio e desigualdade social, pois no passado com o processo de colonização dos paises, os negros eram explorados de criança ate a velhice pelos grandes senhores feudais no período em que ainda existia a escravidão, eles eram seqüestrados e vendidos para prestar serviço aos grandes senhores feudais, sem oferecer a eles nenhuma oportunidade de mostrar que são iguais a todo mundo e que poderiam ter uma vida normal na sociedade.Desde então os negros vêm com esse cargo de inferioridade em suas “costas”.
Ao analisarmos essa situação vemos que desde o passado então, essa inferioridade vem atingindo os negros de forma geral e, com isso vemos que os negros ainda não conseguiram seu valor na sociedade como os brancos e, nós mesmos estamos guardando esse preconceito irracional, quando escolhemos para trabalhar em uma empresa um branco sem muita qualificação em vez de escolher uma pessoa negra com mais qualificação que o branco, também podemos ver essa inferioridade quando vemos que as escolas particulares oferecem melhor ensino que as escolas públicas, pois ao fazermos uma analise, nas escolas publicas estão a maioria da população negra.O preconceito de modo geral e uma “coisa boba” e sem razão, pois enquanto temos preconceitos contra os negros, estamos tendo preconceito contra nós, pois somos descendentes dos negros, alem de que há grande influencia dos negros em nossa cultura, como na musica, na culinária, no modo de vestir e, ao vermos isso vemos que os negros não têm a mesma condição de vida que os brancos.
Ao falarmos em negros com preconceito racial voltado a eles, não podemos nos esquecer das mulheres, que como tem o preconceito voltado para os negros, tem também o preconceito voltado para as mulheres principalmente no mercado de trabalho.Vê-se que há muito tempo a mulher e vista pelo homem como uma pessoa frágil e inferior a ele.
O “machismo” ainda esta presente m nossa sociedade, ao vermos que a cada dia acontece coisa em nosso meio que podemos ver que as mulheres não são inferiores e nem frágeis, elas são atenciosas e cuidadosas, alguns exemplos são claros para percebemos, por exemplo, se acontecer um acidente e estiver envolvimento com alguma mulher, logo os homens falam: “Ah é uma mulher” e se, acontecer com algum homem, sempre ele acha uma saída para situação, e, ao analisarmos a situação das mulheres principalmente no transporte, vemos que de cada dez acidentes que acontece apenas um envolve mulher e os outros noves envolvem homens.Homens dirigem falando no celular, dirigem embriagados, enquanto a maioria das mulheres nem atendem o celular enquanto estão dirigindo.Outro exemplo que acontece periodicamente em nossos dias e o caso em que se um garoto “ficar” com muitas garotas, ele é um “pegador”, fica popular na cidade, enquanto se uma garota “fica” com muitos garotos, ela passa a ser considerada como “galinha” ou “prostituta”, alem de ser discriminada pelas pessoas, ate mesmo pela família.
Sabemos que a cada dia, com o aumento da globalização e da conscientização as mulheres vêm assumindo seu ligar na sociedade, antigamente as mulheres ficavam apenas em casa cuidando da casa e dos filhos, mas hoje as mulheres não querem engravidar muito novas, querem estudar, fazer um curso profissionalizante e conquistar seu lugar no mercado de trabalho, percebe-se que no governo, não existem muitas mulheres para representarem seus direitos, mas e hora das mulheres ficarem ainda mais unidas e elegerem uma representante feminina.
Os crimes que acontecem hoje são oitenta por cento deles, contra as mulheres, às vezes se elas tivessem sido ouvidas, muitos dos crimes que aconteceram, não teriam acontecido, como o caso do ex-goleiro do flamengo, talvez se a ex-garota de programa Eliza Samudio tivesse sido ouvida, em algumas denúncias que ela já havia feito antes de acontecer à tragédia, ela não teria sido morta.Também vemos que se a justiça tivesse ouvido a cabeleleira ela não teria sido morta pelo seu ex-marido Fabio Willian da Silva, de 30 anos, a tiros dentro do salão, em belo horizonte.E ao olharmos bem essas duas tragédias, segundo algumas reportagens que foram passadas na televisão, se as duas vitimas tivessem sido ouvidas como deveriam, não teria ocorrido essa tragédia que chamou atenção do mundo inteiro.
De modo geral, quando vamos a um casamento, enquanto o padre ou o pastor celebra o casamento ele coloca algumas colocações importantes na formação da mulher.Segundo eles e a bíblia a mulher foi retirada da costela do homem para ficar ao lado dele, assim podemos fazer as seguintes análises: Se a mulher fosse retirada das mãos do homem, ela seria presa ao homem, fazendo apenas o que o homem deixasse; se fosse retirada cabeça, assim ela mostraria superioridade em relação ao homem, querendo mandar e desmandar em tudo; se ela fosse retirada dos pés do homem, assim ela seria pisada pelo homem, o homem mostraria muita superioridade em relação à mulher, mas que podemos perceber que ela foi retirada das costelas do homem, para que ela mostra igualdade em relação ao homem, um ajudando o outro nos momentos de necessidades.E com isso, concluímos que a mulher não e melhor e nem pior que o homem, que assim como o homem exerce determinada atividade, ela também pode exercer, basta-a mostrar coragem, igualdade e esquecer esse preconceito que homem carregam em relação a elas por questão de fragilidade e inferioridade, porque somos todos iguais, nenhum melhor e nem pior que o outro e se as mulheres lutarem juntas poderão alcançar o lema da revolução francesa: "Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.


Limites entre humor e bullying

É realmente só uma piada?



         Quando o assunto é comédia, existem dois grupos: o que defende uma suposta liberdade de expressão, na qual qualquer coisa pode ser dita se estiver em formato de piada, não se caracterizando como algo passível de julgamento ou interpretação maldosa e o grupo que defende uma comédia limpa, sem preconceitos ou estereótipos. A comédia é uma manifestação artística, portanto, é cultural e formadora de opiniões. Devido a este fato, a forma como ela é apresentada deve ser compromissada, principalmente por estar disponível às crianças e jovens, mentes em formação e bastante influenciáveis.
           Para que uma piada faça sentido, é preciso que o público esteja inserido no contexto em que a mesma ocorre.  Um exemplo são as piadas que fazem referência à inteligência de loiras e nordestinos, ideias pré-concebidas muito presentes em piadas. Percebe-se a partir disto que toda piada tem um fundo preconceituoso e um requinte de crueldade, gerando sempre uma vítima. Seria o humorista um carrasco? Não. Segundo Goethe, “Nada descreve melhor o caráter dos homens do que aquilo que eles acham ridículo”, logo, não é o humorista impolido e retrógrado, mas sim o público que lhe dá atenção e lhe aplaude.
        De fato é mais difícil fazer uma comédia que rompa com esse padrão, que seja crítica e não ofensiva. No entanto, humoristas de verdadeiro talento são capazes de criá-las, ainda que a grande massa de comediantes espalhada pelo Brasil encontra-se longe disto. Em seus programas humorísticos, de grande audiência, semeiam do início ao fim tudo isto: cenas, piadas e situações preconceituosas contra gays, negros, pobres, portadores de deficiências e humilhação de uns aos outros com a justificativa de ser apenas uma piada.
           A situação é ainda mais preocupante quando se observa a faixa etária dessa audiência. Jovens e crianças encararão este tipo de comédia como algo normal e perpetuarão por mais uma geração pensamentos e ações preconceituosas. Uma solução paliativa para essa situação seria a restrição à entrada de jovens e crianças em shows de comédia ao vivo, como os stand up’s, e que os pais ponderem sobre os programas de televisão e o respectivo impacto na convivência dos filhos com os colegas. Como passar das gerações e com o desenvolvimento intelectual e crítico dos cidadãos é inevitável que o preconceito diminua de proporção nas sociedades, consequentemente nesses shows de horror que dizem fazer humor, quando na verdade se utilizam da liberdade de expressão como meio para ferir outro indivíduo, a vítima da vez.

CONSUMO DE ÁLCOOL E DROGAS ENTRE OS ADOLESCENTES

A Adolescência é a fase que marca a transição entre a infância e a idade adulta. Com isso essa fase caracteriza-se por alterações em diversos níveis – físico, mental e social – e representa para o indivíduo um processo de distanciamento de formas de comportamento e privilégios típicos da infância e de aquisição de características e competências que o capacitem a assumir os deveres e papéis sociais do adulto.
O consumo de álcool e drogas, hoje em dia pelos adolescentes é muito mais comum do que se imagina, principalmente o álcool, isso é um problema grave para a saúde pública com sérias consequências pessoais e sociais para esse jovem. A adolescência é um momento especial na vida do indivíduo. Nessa etapa, estão testando a possibilidade de ser adulto, de ter poder e controle sobre si mesmo. É um momento em que naturalmente esse jovem se afasta de sua família e se aproxima mais de seus grupos de amigos. Se esse grupo estiver experimentalmente usando drogas, o pressiona a usar também.
De acordo com Wiki Mouse, o adolescente anseia por novos prazeres e sensações e tem um sentimento natural de onipotência, que o faz adotar comportamentos de risco sem levar em consideração os perigos envolvidos, portanto, é comum nessa fase, por curiosidade ou pela busca de um prazer imediato ele se envolver nos meios das drogas e do álcool, é comum também, o adolescente na ânsia de se tornar um adulto, imitar o comportamento dos mais velhos e de sua própria família.drogas
À procura de sua identidade, o adolescente torna-se uma presa de fácil manipulação, tanto pelos amigos, como pela mídia, a qual estimula, por exemplo, o uso do álcool e do tabaco, apresentando-os como sinônimos de status e sucesso (Exemplo: em novelas é muito comum o personagem mais rico fumar e beber). É comum também nesta fase, o adolescente apresentar um sentimento básico de solidão e sair a busca de algo que preencha este vazio, sentimento este que pode vim de uma época de carência afetiva de sua infância, de sua relação com os pais ou de suas próprias vivências.
Segundo Tavaresa, Bériab e Lima (2001), estudos realizados entre escolares de primeiro e segundo graus e entre estudantes universitários mostram, consistentemente, nas diversas regiões do País, que o álcool é a droga mais utilizada, seguido pelo tabaco. Os solventes se mantêm como os mais comuns no terceiro mundo, após álcool e tabaco, enquanto que nos países desenvolvidos a maconha ocupa o terceiro lugar.
Para o jovem viciar é bem fácil, difícil mesmo é acabar com esse vicio. As etapas são as seguintes:
– Experimentação – por influência, curiosidade ou outros motivos, o jovem experimenta a droga,
– Uso regular – esse jovem acaba gostando e volta a experimentar,
– Uso frequente – esse jovem agora começa a usar esse droga quase todos os dias,
– Dependência – esse jovem virou dependente desta droga e agora está viciado.
adolescente1 O jovem, em geral, cada vez mais cedo experimenta algum tipo de psicotrópico ou psicoativo. Segundo o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), 5,2% dos brasileiros entre 12 e 17 anos são dependentes de álcool, 2,2% de tabaco, 0,6% de maconha e 0,2% de tranquilizantes. O Cebrid também identificou que 15,5% dos estudantes brasileiros de ensino fundamental e médio da rede pública já usaram solventes e inalantes pelo menos uma vez na vida. Esse número sobe para 19,1% quando considerados apenas os jovens entre 16 e 18 anos. A idade de início do uso do álcool – droga com a menor idade de início – é, em média, de 12,5 anos, de acordo com o estudo. A Organização Mundial da Saúde considera o alcoolismo uma doença de caráter triplo, pois afeta a mente, o físico e o social. Os problemas procedentes do consumo do álcool se referem a diferentes áreas: familiares, educacionais, legais, financeiras e operacionais.
Existe hoje no Brasil um programa sócio-educativo chamado PROERD (Programa Educacional de Resistências ás Drogas), é um programa sócio educativo em que militares capacitados ficam em média 4 meses em escolas públicas e privadas e que um dia da semana eles dão aula para alunos de 5° e 7° série, explicando sobre as drogas,os problemas em usa-las e como combate-las, é um programa muito importante que pode ajudar muitas crianças e jovens informando-as o mais cedo possível. Em virtude disso, é importante que os adolescentes sejam bem informados para que conheçam os danos acarretados pelo uso das drogas.
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Dados do IBGE apontam crescimento no consumo de crack por adolescentes entre 13 e 15 anos. A pesquisa, feita com estudantes, identificou que pelo menos 15 mil alunos de escolas públicas e privadas fumaram crack pelo menos uma vez em 2012. Este número cresceu 1,2% em três anos.
A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2012, divulgada em 19/06 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou dados que servem de alerta geral para as autoridades e sociedade.
Foram estudados 3,15 milhões de alunos da 9ª série (antiga 8ª série) nas principais escolas das cidades brasileiras e todas as 26 capitais. Destes, aproximadamente 75 mil alunos fumavam maconha e 15 mil fumavam crack no ano passado. São adolescentes com maioria entre 13 a 15 anos, mas tiveram também outros alunos com idades menores e que já utilizaram as drogas ilícitas (2,6%).
Em relação ao álcool, 50,3% dos entrevistados disseram ter experimentado uma dose de bebida alcoólica na vida e 26,1% disseram ter consumido álcool nos últimos trinta dias. A forma mais comum de obter bebida alcoólica foi em festas (39,7%), com amigos (21,8%), ou comprando no mercado, loja, bar ou supermercado (15,6%).
Quanto ao cigarro, os dados mostram que 19,6% dos estudantes brasileiros do último ano do ensino fundamental haviam experimentado cigarro e 29,8% informaram que pelo menos um dos responsáveis era fumante.
Com todos esses dados fica o alerta para que as escolas criem políticas e campanhas sobre proibição do uso do cigarro, álcool e drogas ilícitas. O álcool já é a terceira causa de morte prematura e doenças no mundo. 
A informação tem papel crucial como medida preventiva entre adolescentes e jovens; porém, precisa ser veiculada com cautela, de tal forma que não desperte a curiosidade ao consumo, ao invés de preveni-lo.
Para a informação ser considerada um fator protetor, é necessário que ela seja transmitida de forma correta e completa. É importante evidenciar os efeitos negativos, mas sem deixar de citar os prazeres momentâneos alcançados com o consumo das drogas. Com isso, os adolescentes agirão de forma mais consciente diante das pressões externas e internas (ZEITOUNE et al., 2012).

Enfim, a droga e o álcool são problemas muito sérios que infelizmente só está aumentando entre os jovens, é necessário que suas famílias os alertem conversando e aconselhando sempre, pois ter comunicação com os filhos é o principal para que esse problema seja menor. O desempenho escolar e a convivência com pessoas de melhores caráter ajuda muito, e é necessário também que o jovem tenha consciência que consumir álcool e drogas faz mal a saúde, ele poderá ter no futuro varias doenças como câncer e pode até morrer de overdose.É sempre bom ouvir conselhos principalmente dos pais.

A embriaguez juvenil é um problema de todos nós

O uso de bebidas alcoólicas é conhecido desde a Antiguidade. Os egípcios regavam seus festejos com vinho. O hidromel era bebida apreciada na Europa Medieval. Até os deuses do Olimpo deliciavam-se com a ambrosia. No Brasil atual, a associação futebol e cerveja é apenas um de muitos exemplos da ligação entre festejos e álcool. A aceitação social da ingestão de bebida alcoólica torna, então, complexa a abordagem desse assunto com a juventude, que, segundo pesquisa concluída recentemente pela Unifesp, vem apresentando cada vez maiores índices de embriaguez e em idade mais precoce. Some-se a isso o fato de que o álcool altera diversas funções mentais e possibilita que pessoas tímidas e com baixa auto-estima apresentem-se mais desinibidas e aceitas.



No jovem o efeito dessa desinibição parece ter um impacto mais grave, pois a sensação de potência, de leveza, levam ao que o Dr. Içami Tiba, renomado psiquiatra, denominou de "onipotência juvenil": na vigência do uso de álcool, o adolescente ou jovem desconsidera qualquer risco relacionado à ingestão do álcool e dirige embriagado, pensa que não perderá o controle, tem relações sexuais sem proteção, ou seja, coloca sua vida e a de outros em risco. O aumento de jovens mortos ou física e mentalmente incapacitados em função de acidentes automobilísticos ocorridos durante a embriaguez do motorista constitui-se em um importante problema de Saúde Pública. Todavia, no plano individual muitas vezes não se consegue convencer o jovem a não se embriagar, pois há a pressão do seu grupo social mais próximo, amigos também adolescentes, no sentido de que todos se embriaguem. Aquele que se recusa recebe adjetivos negativos: fraco, frouxo, "careta" etc.

Deve-se buscar soluções que envolvam toda a sociedade, para reduzir o impacto do abuso de álcool pelos jovens. Algumas já vêm sendo realizadas, como maior fiscalização no trânsito, punições mais severas para quem dirige embriagado, proibição da venda e de consumo para menores, observação mais estrita das campanhas publicitárias para que se direcionem menos ao público mais novo. Porém, ainda há muito a se avançar.

Consumo de álcool e droga por adolescentes

Juventude e alcoolismo: um problema social


O álcool etílico é a droga mais consumida no Brasil. Vários estudos apontam que ele é a substância psicotrópica mais utilizada por crianças e adolescentes e que seu consumo vem crescendo na sociedade, enquanto isso, o hábito vem se iniciando cada vez mais precocemente.
Os adolescentes são o grupo populacional com maior risco em relação à ingestão de álcool, não existindo padrão de consumo de baixo risco nessa faixa etária, diante das evidências da correlação entre o beber e o alto risco de acidentes automobilísticos, complicações clínicas, situações de violência, vandalismo, prática de sexo sem proteção e/ou sem consentimento.
Sabe-se que alguns Estados editaram leis nos últimos anos, tipificando a venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos como sendo infração administrativa. Considerando a diversidade dessas leis estaduais, bem como o curto tempo de vigência da maioria delas, gerando pouca repercussão nos tribunais, a natureza jurídica dessa conduta é controversa sendo restringida à legislação federal.
Apesar dos dados alarmantes, observa-se que está culturalmente enraizada na sociedade a visão de que consumir álcool é aceitável, mesmo para que é menor de idade. Essa pode ser a explicação para a reprimenda branda a quem serve bebidas alcoólicas a crianças e adolescentes. Se as pessoas veem com naturalidade um menor bebendo cerveja, como poderia a justiça ser contra essa opinião?
Tornar a punição mais severa não parece ser medida suficiente para minimizar o consumo de bebidas alcoólicas por menores de idade. É necessário também que a sociedade tome consciência dos malefícios do álcool às pessoas em desenvolvimento. E que apesar da lei que criminaliza a venda de bebidas alcoólicas a esses menores ter sido recentemente aprovada pela presidente Dilma, o governo ofereça subsídios necessários e capacitações aos professores para abordarem esse assunto nas escolas

Liberdade de expressão da mídia é seletiva e covarde

Toda a vez que o debate sobre os limites do humor emerge, a mídia – especialmente a brasileira – diz que é preciso “ir até o fim” para se garantir a liberdade de expressão.  “Não podemos recuar”, afirmam uns. “Não vamos deixar nos intimidar”, dizem outros.
 
Mas dentro desse “limites do humor” é comum vermos por parte da mídia uma naturalização da violência, da cultura do machismo, da homofobia, do preconceito às minorias e intolerância às diferenças. Será mesmo que essas “gracinhas” fazem parte de um script tão inofensivo assim? Sabemos que não. O humor “apenas” por ser humor não está desprovido de um caráter ideológico em seu conteúdo.
 
O deboche e menosprezo ao negro só foi coibido a partir da lei que criminalizou o racismo no país. O que hoje se repudia com veemência, as piadas contra negros, antes era aceito como algo natural, que “fazia parte”.
 
Nesse mesmo contexto, está o PLC 122/2006 que criminaliza a homofobia. Enquanto o Congresso se omite, parte da mídia reforça em seus humorísticos uma cultura de que os gays são passíveis de serem ofendidos e humilhados, quando deveria promover uma cultura que negasse a discriminação e valorizasse o reconhecimento ao direito de sermos diferentes uns dos outros.
 
Daí, alguns questionamentos, qual o papel social da mídia com relação a esses temas? Não deve haver mesmo limites para o humor?
 
É claro perceber que os humorísticos da mídia brasileira, em grande parte, não buscam produzir uma consciência crítica da nossa população em relação às minorias. Pelo contrário, na medida em que eles reafirmam o preconceito, produzem um retrocesso no pensamento coletivo, contribuindo para um sistema de diferenciação, segregação e exclusão.
 
Mas, e quando a mídia passa a ser o alvo das críticas ou piadas, ela mantém o mesmo argumento de que o humor deve prevalecer a todo custo?  Claro que não.
 
Ela reage de forma autoritária quando é zombada ou satirizada em razão de seus erros e, especialmente, suas grandes fantasias jornalísticas. Rapidamente, ela age, seja dentro do seu próprio campo ou indo até ao Poder Judiciário, para impedir qualquer prejuízo a sua, já abalada, credibilidade.
 
A mídia é inteligente o suficiente para saber que a quebra do monopólio da informação e uma opinião naturalizada na sociedade de que ela combate a pluralidade de opiniões e engendra todos os esforços na direção de um pensamento único, atendendo a seus próprios interesses, ameaçaria também a hegemonia daqueles que a financiam.
 
Assim, a liberdade de expressão da mídia brasileira é seletiva e covarde. É uma concessão para poucos. A liberdade de expressão – não a que ela diz defender de maneira hipócrita, mas a que põe em prática – gira para impedir que haja qualquer retrocesso em um sistema arcaico de privilégios. Por isso, ela própria conhece, mais do que ninguém, os limites dessa liberdade de expressão, até onde pode ir e sobre o quê e quem falar.
 
A mídia brasileira sempre esteve preparada, aparelhada e unida para manter o status quo e abafar as vozes daqueles que discordam do projeto político e da agenda que ela própria tem para o Brasil. Entretanto, ao que parece, a mídia brasileira demonstra dificuldades para lidar com as críticas para além da sua seção de cartas do leitor, em que ela exerce o filtro, tampouco como protagonismo possível que as novas tecnologias têm permitido aos cidadãos e à sociedade civil de romper com lógica vertical da comunicação.
 
Um episódio que ocorreu em 2010 nos dá a clareza de quão longe a mídia brasileira está disposta a ir para calar os que fazem piadas com ela ou questionam sua hegemonia. Naquele ano, os irmãos Lino e Mário Bocchini criaram o blog Falha de S.Paulo, de análises e críticas satíricas a matérias e conteúdos veiculados no tradicional diário paulista.
 
Imediatamente, 17 dias depois, o jornal Folha de São Paulo obteve liminar e censurou o blog, que saiu do ar. Além disso, os autores estão sendo processados pela Folha de S. Paulo.
 
Segundo os irmãos e jornalistas Bochini, o blog Falha de S.Paulo está há mais de 4 anos censurado por uma decisão judicial, movida justamente por um dos veículos que se diz defensor da liberdade de expressão e que, ao lado de mais meia dúzia, forma o oligopólio da comunicação no país.
 
Pois bem, estranho é o fato desse oligopólio, que se autoproclama “guardião” e “defensor intransigente” da liberdade de expressão, e está sempre tão disposto a levar os limites do humor “às últimas conseqüências”, não enxergar o caso Folha versus Falha como censura, já que cada vez que um veículo jornalístico tem sua atuação limitada pela ação do Poder Judiciário fala-se em censura, e a grande mídia e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) bradam em favor da liberdade de expressão no país.
 
É curioso também observar que na época em que o caso Falha versus Folha ganhou repercussão, a MTV Brasil em um de seus programas utilizou logotipo idêntico ao usado pelo Falha que satirizava a Folha. Entretanto, nenhuma ação foi movida contra o Grupo Abril, antiga proprietária da MTV Brasil. “Lobo não come lobo”, já diz um velho ditado popular.
 
Recentemente, o recurso dos criadores do blog Falha de S.Paulo chegou ao STJ. A pergunta é: Folha vai manter sua posição de censura contra os irmãos Bochini, admitindo, então, que há limites para o humor; ou vai rever sua posição, mesmo que judicialmente desfavorável a si mesma? Talvez, para a Folha e para o oligopólio da mídia haja uma terceira via, algo como “não façam comigo o que faço com vocês”. É possível.
 
Está claro que a Folha de S.Paulo mira muito além dos irmãos Bochini. Insatisfeitos com a crescente audiência de blogs noticiosos na internet – que impõem uma nova agenda à Secom da Presidência da República com relação a “tal” mídia técnica – e decadentes em sua credibilidade e alcance, Folha é a porta-voz da hora do oligopólio da comunicação brasileira que busca intimidar e enfraquecer a blogosfera, jornalistas independentes, tuiteiros que ousam interpretar nas entrelinhas da imprensa e alertar, com posições críticas e contrárias, a insistente tentativa de imposição de uma agenda neoliberal que a mídia tem para o Brasil e a manutenção de um sistema de privilégios.
 
O recado está dado: “o monopólio da informação e da livre manifestação do pensamento é nosso, e qualquer tipo de crítica será censurado. E se possível, ainda queremos, buscar uma indenização daqueles que insistirem em nos desafiar”.
 
O jogo é o mesmo, mas as regras são diferentes. Nos editoriais impressos e eletrônicos continuaremos a assistir ao mise-en-scene da defesa intransigente da liberdade de expressão, mesmo que por trás das câmeras a pluralidade de ideias, que hoje transita, especialmente, pela blogosfera, continue a ser combatida.
 

 
Paulo Pimenta é jornalista formado pela UFSM e deputado federal pelo PT do Rio Grande do Sul.

A mídia brasileira não defende a liberdade de expressão!

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É preciso enterrar esta mentira.
A mídia brasileira não defende a liberdade de expressão.
Nem absoluta, nem parcial, nem nenhum tipo de liberdade de expressão.
A única liberdade que a mídia conhece é aquela que lhe interessa comercialmente.
A mídia brasileira não deu quase nada sobre a sonegação da Rede Globo.
Houve um sinistro pacto de silêncio em torno do assunto, apesar de envolver 1 bilhão de reais, roubo de processo e lavagem de dinheiro em diversas off shore no exterior.
A mídia brasileira apoiou o golpe, sustentou a ditadura e se enriqueceu à margem de um regime totalitário que censurava, matava e prendia quem tinha coragem de se expressar livremente.
Além disso, a liberdade de expressão não existe num regime de monopólio.
O sistema de comunicação brasileiro não é democrático e, portanto, não é livre.
E se não é livre, não existe liberdade de expressão.
O poder de poucas famílias sobre tvs, rádios e jornais, não encontra paralelo no mundo democrático.
O arcabouço legal, após o fim da lei de imprensa, também não colabora para a liberdade de expressão.
Ricos e poderosos podem processar judicialmente qualquer um que lhes incomode. Como não há lei, depende-se da opinião de juízes, que infelizmente ainda formam, no Brasil, um estamento patrimonialista a serviço da classe dominante
É o caso, por exemplo, de Ali Kamel, que processa vários blogueiros, por conta de ninharias. Ninguém lhe chamou de ladrão. Ninguém ofendeu sua família. Ninguém o desrespeitou como pessoa.
Houve apenas humor, chiste e, no meu caso, uma crítica política ao chefe do jornalismo do maior monopólio da América Latina.
Não existe liberdade de expressão nem na própria mídia.
Se alguém elogiar um político do qual a mídia não gosta, é demitido.
Se alguém fizer uma charge crítica ao político que a mídia gosta, é demitido.
O jornalismo brasileiro encontra-se cada vez mais oprimido por um patronato sectário.
Não há liberdade nenhuma!
Enquanto todas as profissões liberais se expandem no Brasil (médicos, advogados, arquitetos, etc), o jornalismo declina.
Os salários são cada vez menores, há cada vez menos empregos. Os jornalistas se sentem cada vez mais oprimidos nas redações.
Não podem pensar, não podem falar, não podem desenhar, não podem sequer desabafar nas redes sociais.
Quer dizer, podem desabafar sim, desde que o desabafo seja agradável aos patrões!
Podem falar o que quiser, desde que toquem conforme a música dos barões da mídia!
E agora a mídia brasileira, uma mídia monopolista, conservadora, golpista, astutamente, toma para si a bandeira de Charlie, um jornalzinho nascido na luta contra os monopólios, contra os conservadores, e que sempre defendeu, de verdade, a democracia.
No enterro de Charb, seus amigos cantaram a Internacional, a famosa canção revolucionária, com os punhos erguidos, e Jean-Luc Melechon, uma das principais lideranças da esquerda francesa, fez o discurso principal.
Melechon foi o candidato a presidente da Frente de Esquerda, nas eleições de 2012. É um homem público extremamente sério e respeitado pela esquerda européia.
A esquerda francesa defende a Palestina, defende os imigrantes, defende todas as minorias, lança candidatos muçulmanos, contra uma direita cada vez mais racista, cada vez mais reacionária quando o tema é imigração.
A nossa mídia nunca fez um “Globo Repórter” em detalhes sobre o socialismo francês, que inclui um sistema tributário progressivo, leis sobre a herança e sobre as grandes fortunas, educação e saúde públicas para todos.
O socialismo francês hoje está em crise inclusive por seus excessos, e pelos vícios do próprio homem. Por exemplo, há 25 anos, o Estado francês, a partir de conselhos de psicanalistas, começou uma nova política em relação aos órfãos. Ao invés de orfanatos, as crianças eram alocadas em famílias que receberiam auxílio do Estado para criá-las. Resultado: uma quantidade crescente de famílias que rejeitavam os filhos quando este completavam 18 anos, e o Estado parava de pagar o auxílio.
Os terroristas do atentado são um exemplo. Eles foram criados por famílias que recebiam auxílio do Estado, e foram rejeitados em seguida, ingressando no mundo do crime e, depois, aderindo ao terrorismo.
A mídia brasileira é uma talentosa alquimista. Ela consegue inverter tudo. No primeiro dia da ditadura, os jornais diziam que a democracia tinha voltado.
Transformaram a democracia de Jango em ditadura, e a ditadura em democracia.
E agora transformam um jornalzinho comunista-libertário de Paris em ícone da sua visão distorcida, monopolista, hipócrita de liberdade de expressão!
Os chargistas do Globo apenas podem fazer charges que corroborem a linha reacionária do jornal.
Nenhum chargista do Globo tem ou terá liberdade de expressão para praticar uma arte livre e irreverente!
Sobretudo se a crítica deriva de uma ideologia socialista, anarquista ou libertária, como era a dos chargistas do Charlie.
Ao contrário, a mídia demite imediatamente qualquer empregado que se manifeste com liberdade, sobretudo se esta liberdade se volta em defesa da classe trabalhadora.
O controle da narrativa permite à mídia criar um universo paralelo, para dentro do qual até mesmo a esquerda se vê abduzida.
No afã de ser contra a mídia, muitas vezes fazemos exatamente o jogo dela.
A mídia, malandramente, pegou o discurso de liberdade de expressão, que é um discurso vencedor, e passou a defender um Charlie e uma França que sempre representaram tudo que a nossa mídia não é: socialista e libertária.
No grande jogo da geopolítica mundial, um jogo hoje profundamente midiatizado, a mídia brasileira quer posar ao lado dos vencedores, mesmo que estejamos falando de um jornaliznho comunista e libertário de Paris.
No fundo, ela age certo.
A esquerda, neste caso, é que pode ter cometido um erro, ao se deixar levar por um pensamento binário (a mídia é favor, então sou contra), permitindo que a mídia brasileira se finja de paladina de valores que ela, a mídia, historicamente, nunca defendeu: a democracia e a liberdade de expressão.
A mídia brasileira, tal como ela é hoje, se consolidou na ditadura.
Jornalzinhos como Charlie Hebdo, havia de montão no Brasil na década de 60, atendendo a atmosfera da época, profundamente libertária. Todos foram censurados. Os jornalistas e chargistas só encontraram emprego em dois ou três jornais do eixo Rio e São Paulo.
Sem concorrentes, sem outros jornais, empresas como Globo e Folha passaram a dar as cartas na opinião pública brasileira, durante décadas, e sua influência cresce vertiginosamente após a redemocratização.
Os poucos artistas do texto e da charge que sobreviveram à hecatombe da ditadura e às terríveis crises econômicas das décadas de 80 e 90, tiveram que se tornar submissos intérpretes do pensamento patronal.
Em suma, temos que deixar isso bem claro: a mídia brasileira é exatamente o contrário de tudo que se pode chamar de liberdade de expressão.

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