segunda-feira, 1 de julho de 2019

TECIDOS FUNDAMENTAIS



O PARÊNQUIMA ESTÁ ENVOLVIDO COM A FOTOSSÍNTESE, O ARMAZENAMENTO E A SECREÇÃO
                No corpo primário da planta, as células parenquimáticas comumente dispõem-se como um agregado contínuo, por exemplo, no córtex e na medula dos caules e raízes, no mesofilo e na porção carnosa dos frutos. Além disso, as células parenquimáticas ocorrem como fileiras verticais de células nos tecidos vasculares primários e secundários e como fileiras horizontais, denominadas raios, nos tecidos vasculares secundários.
                As células parenquimáticas, geralmente vivas na maturidade, são capazes de divisão, e embora suas paredes sejam comumente primárias, algumas células parenquimáticas apresentam também paredes secundárias. Pelo fato de reterem a sua capacidade meristemática, as células que possuem apenas parede primária desempenham papel importante na regeneração e na cicatrização de lesões. Também são essas células que dão origem às estruturas adventícias, tais como as raízes adventícias que se formam nas estacas caulinares. As células parenquimáticas estão envolvidas em atividades tais como fotossíntese, armazenamento e secreção, atividades que dependem da presença de protoplastos vivos. Além disso, as células parenquimáticas têm função no movimento da água e no transporte de substâncias nas plantas.
AS CÉLULAS DE TRANSFERÊNCIA SÃO CÉLULAS PARENQUIMÁTICAS COM INVAGINAÇÕES NA PAREDE
                As invaginações da parede das células de transferência frequentemente ampliam bastante a área da membrana plasmática, e admite-se que estas células facilitam o movimento de solutos a curta distância. A presença de células de transferência geralmente está relacionada com a existência de intensos fluxos de solutos através da membrana plasmática tanto em direção ao interior para dentro, como em direção ao exterior ou para fora (secreção).
As células de transferência são extremamente comuns e provavelmente desempenham funções semelhantes em todo o corpo da planta. Elas ocorrem em associação com o xilema e o floema das nervuras pequenas ou de menor calibre, nos cotilédones e nas folhas de muitas eudicotiledôneas herbáceas. As células de transferência também estão associadas ao xilema e ao floema dos traços foliares dos nós, tanto nas eudicotiledôneas como nas monocotiledôneas. Além disso, são encontradas em vários tecidos de estruturas de reprodução (placenta, saco embrionário e endosperma) e em várias estruturas glandulares onde ocorre um intenso transporte de solutos a curta distância.
O COLÊNQUIMA SUSTENTA OS ÓRGÃOS JOVENS EM CRESCIMENTO
                As células do colênquima, como as células do parênquima, são vivas na maturidade. O tecido colenquimático comumente ocorre em cordões isolados ou como um cilindro contínuo sob a epiderme, nos caules e nos pecíolos. Também pode ser encontrado margeando as nervuras das folhas das eudicotiledôneas. As células do colênquima são tipicamente alongadas. Sua característica mais marcante é a presença de paredes primárias, desigualmente espessadas, não lignificadas e que são macias e flexíveis, com uma aparência brilhante no tecido fresco. Por serem células vivas na maturidade, podem continuar a desenvolver paredes espessadas e flexíveis enquanto o órgão está se alongando, o que torna essas células especialmente adaptadas para a sustentação de órgãos jovens em crescimento.

O ESCLERÊNQUIMA DÁ RESISTÊNCIA E SUSTENTA AS PARTES DA PLANTA QUE NÃO ESTÃO SE ALONGANDO
                As células do esclerênquima podem formar um agregado contínuo ou podem ocorrer pequenos grupos ou, ainda, individualmente entre outras células. As células do esclerênquima podem desenvolver-se em qualquer parte, ou em todas as partes, do corpo primário ou secundário da planta e frequentemente não apresentam protoplastos na maturidade. O termo “esclerênquima” é derivado do grego skleros, que significa “duro”, e a principal característica das células do esclerênquima é a presença de parede secundária espessada e comumente lignificada. Devido à presença dessas paredes, as células do esclerênquima são elementos importantes na resistência e sustentação nas partes das plantas que já cessaram o alongamento.
                Dois tipos de células no esclerênquima são reconhecidos: as fibras e as esclereides. As fibras geralmente são células longas, afiladas e comumente ocorrem em cordões ou feixes. As denominadas fibras liberianas tais como as do cânhamo, da juta e do linho são derivadas do caule de eudicotiledôneas.
                As esclereides apresentam formas variadas, sendo frequentemente ramificadas, e, ao serem comparadas com a maioria das fibras, são células relativamente curtas. As esclereides podem ocorrer isoladamente ou em grupos no tecido fundamental. Elas fazem parte da constituição dos envoltórios de muitas sementes, das cascas de nozes e dos caroços das drupas, e dão às peras a textura arenosa.

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