O desenvolvimento envolve três
processos que se sobrepõem: crescimento, morfogênese e diferenciação. O desenvolvimento
ocorre em resposta às instruções contidas nas informações genéticas que um organismo
herda de seus pais. O modelo de desenvolvimento específico seguido nas plantas,
entretanto, é determinado em grande parte pelos fatores ambientais, tais como o
comprimento do dia, a qualidade e quantidade de luz, a temperatura e a
gravidade.
O crescimento é efetivado pela combinação de divisão e expansão celular.
A divisão celular por si só não constitui crescimento. Esta pode simplesmente
aumentar o número de células, sem aumentar o volume total de uma estrutura. A
adição de células ao corpo da planta, por meio de divisões celulares, aumenta o
potencial para o crescimento, pois aumenta o número de células que podem crescer;
no entanto, a maior parte do crescimento da planta é obtido pela expansão celular.
Durante seu desenvolvimento, a planta adquire uma forma específica (processo
conhecido como morfogênese). Os planos nos quais as células dividem-se e a
subsequente expansão destas têm sido considerados desde longa data como os
fatores primários que determinam a morfologia de uma planta ou de uma parte
dela. Entretanto, um numero cada vez maior de evidências indica que o primeiro
evento na morfogênese é a expansão do tecido, o qual então é subdividido em
unidades menores por divisões celulares: esta diferenciação tissular e celular
tem como consequência a morfogênese.
A diferenciação é o processo pelo qual as células com constituição
genética idêntica tornam-se diferentes umas das outras e também das células
meristemáticas que lhes deram origem. Inicia-se frequentemente, enquanto as
células ainda estão em crescimento. A diferenciação celular depende do controle
da expressão gênica. Os diferentes tipos de células e tecidos sintetizam
distintas proteínas porque expressam certos conjuntos de genes que não são
expressos por outros tipos de células e tecidos. Por exemplo, as fibras e as
células do colênquima são células de sustentação, mas as paredes celulares das
fibras são tipicamente rígidas, enquanto as das células do colênquima são
flexíveis. Durante seu desenvolvimento, as fibras sintetizam enzimas que
produzem lignina, que confere rigidez às suas paredes, e as células do
colênquima, sintetizam enzimas que produzem pectinas, que conferem propriedades
plásticas às suas paredes.
Embora a diferenciação celular dependa do controle da expressão gênica, o
destino de uma célula vegetal, isto é, em que tipo de célula deverá se tornar,
é determinado pela sua posição final no órgão em desenvolvimento. Se uma célula
indiferenciada é deslocada de sua posição original para outra posição, ela se
diferenciará em tipo celular apropriado para a sua nova posição
Nenhum comentário:
Postar um comentário