Álcool
X Diversão
O alcoolismo é, sem
dúvida, um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil, e as medidas do
governo para controlar o excesso na bebedeira sempre foram alvo de muitas
discussões. Neste momento, diante dos interesses econômicos de empresas ligadas
ao patrocínio da Copa do Mundo da FIFA em 2014 no Brasil, fala-se em liberar o
consumo de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol durante os jogos, uma
questão descabida e um desrespeito à saúde dos cidadãos.
Todos os estudos dos órgãos ligados à segurança pública que foram feitos nos
arredores das arenas de futebol, após
a proibição da comercialização e consumo de álcool, apontam
uma redução considerável da violência entre as torcidas. Por isso, não há
nenhum motivo plausível que corrobore com a suspensão dessa medida proibitiva,
considerada um avanço no sentido de preservar a segurança dos torcedores, bem
com das famílias que frequentam os estádios.
É consenso que os eventos esportivos a serem realizados aqui no Brasil nessa
década são altamente lucrativos e conferem ao país uma visibilidade sempre
desejada no cenário internacional. Porém, a legislação brasileira não deve
estar ao dispor de interesses capitalistas de empresas parceiras da FIFA ou de
qualquer outra instituição, sobretudo quando se trata da saúde e da segurança tanto dos filhos de
sua soberania quanto dos visitantes de todo o mundo.
Em suma, o governo brasileiro deve manter-se firme na decisão de proibir tanto
a venda como o consumo de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol,
independente das circunstâncias, a fim de proteger as pessoas e também
reafirmar todas as outras medidas legais para controlar o alcoolismo. A nós
outros, cabe a consciência de que a embriaguez é plenamente desnecessária à
diversão.
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