IIndignados
Fonte: Zero Hora, Têmis Limberger
Os movimentos sociais que sacudiram o
Brasil já ocorreram em outros países: os Indignados na Espanha, a Primavera
Árabe, o Ocupa Wall Street. Esses acontecimentos foram inspirados no pensamento
de Stéphane Hessel, que escreveu um livro intitulado Indignai-vos. Aí, apregoa
que é necessário defender os objetivos democráticos baseados nos valores
éticos, de justiça e liberdade. Todas essas bandeiras deveriam ser hasteadas de
forma pacífica, não violenta. O autor foi diplomata e um dos redatores, em
1948, da Declaração dos Direitos do Homem, após ter vivenciado os horrores da
II Guerra Mundial em um campo de concentração.
Recentemente, assisti aos filhos da Constituição Democrática se manifestarem. Os objetivos foram variados, mas a inconformidade com o preço das passagens talvez tenha sido o estopim para dar vazão a outras indignações, como a ausência de um transporte público prestado de forma digna e após a devida licitação. A opção de políticas públicas nos últimos anos foi priorizar a aquisição de carros particulares, sem investir em um aumento da estrutura viária e no incremento da condução para todos. Enfim, a tônica do consumo prevalece sobre a pauta dos direitos sociais. O consumo é exaltado acima da cidadania. Para o incremento desta, exige-se mais do que a possibilidade de compra de um telefone celular, requerem-se educação e saúde pública com qualidade.
Desta forma, o Brasil, que atualmente é a sétima economia do mundo, possui o 85º Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), sendo que a educação é um dos critérios que fazem com que mais decaia. Países vizinhos ostentam, tais como Chile, a posição de 40º IDH e Uruguai, 51º IDH. Se formos para os índices de transparência, a situação é ainda mais desastrosa. O Brasil ostenta a 69ª posição em transparência, com nota de 3,7, enquanto nos vizinhos Chile é de 7,2 e Uruguai, 6,9. Os campeões costumam ser os países nórdicos _ a Finlândia está com 9,2, segundo a Transparência Internacional. Não é por acaso que a relação de maior transparência e, portanto, menos corrupção faz com que os direitos sociais sejam prestados.
Enfim, como uma das representantes de uma geração que lutou pela democratização no país, a partir da década de 1980, saudei com entusiasmo o levante dos jovens de uma forma não violenta por meio das redes sociais. Nasce uma nova forma de manifestação democrática! Hessel, que faleceu neste ano, aos 95, ficaria contente vendo prosperar a insurreição pacífica.
Recentemente, assisti aos filhos da Constituição Democrática se manifestarem. Os objetivos foram variados, mas a inconformidade com o preço das passagens talvez tenha sido o estopim para dar vazão a outras indignações, como a ausência de um transporte público prestado de forma digna e após a devida licitação. A opção de políticas públicas nos últimos anos foi priorizar a aquisição de carros particulares, sem investir em um aumento da estrutura viária e no incremento da condução para todos. Enfim, a tônica do consumo prevalece sobre a pauta dos direitos sociais. O consumo é exaltado acima da cidadania. Para o incremento desta, exige-se mais do que a possibilidade de compra de um telefone celular, requerem-se educação e saúde pública com qualidade.
Desta forma, o Brasil, que atualmente é a sétima economia do mundo, possui o 85º Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), sendo que a educação é um dos critérios que fazem com que mais decaia. Países vizinhos ostentam, tais como Chile, a posição de 40º IDH e Uruguai, 51º IDH. Se formos para os índices de transparência, a situação é ainda mais desastrosa. O Brasil ostenta a 69ª posição em transparência, com nota de 3,7, enquanto nos vizinhos Chile é de 7,2 e Uruguai, 6,9. Os campeões costumam ser os países nórdicos _ a Finlândia está com 9,2, segundo a Transparência Internacional. Não é por acaso que a relação de maior transparência e, portanto, menos corrupção faz com que os direitos sociais sejam prestados.
Enfim, como uma das representantes de uma geração que lutou pela democratização no país, a partir da década de 1980, saudei com entusiasmo o levante dos jovens de uma forma não violenta por meio das redes sociais. Nasce uma nova forma de manifestação democrática! Hessel, que faleceu neste ano, aos 95, ficaria contente vendo prosperar a insurreição pacífica.
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