A
primeira gramática do ocidente foi de autoria de Dionísio de Trácia, que
identificava oito partes do
discurso: nome, verbo, particípio,
artigo, preposição, pronome, advérbio e conjunção. Atualmente, são reconhecidas
dez classes gramaticais pela maioria dos gramáticos:
substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, conjunção, interjeição, preposição,
artigo, numeral e pronome.
Como
podemos observar, houve alterações ao longo do tempo quanto
às classes de palavras. Isso acontece porque a nossa língua é viva,
e portanto vem sendo alterada pelos seus falantes o tempo todo, ou seja, nós
somos os responsáveis por estas mudanças que já ocorreram e pelas que ainda vão
ocorrer. Classificar uma palavra não é fácil, mas atualmente todas as palavras
da língua portuguesa estão incluídas dentro de uma das dez classes gramaticais
dependendo das suas características. A parte da gramática que estuda as classes
de palavras é a MORFOLOGIA
(morfo = forma, logia = estudo), ou
seja, o estudo da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos as relações
entre as palavras, o contexto em que são empregadas, ou outros fatores que
podem influenciá-la, mas somente a forma da palavra.
Há
discordância entre os gramáticos quanto a algumas definições ou características
das classes gramaticais, mas podemos destacar as principais características de
cada classe de palavras:
SUBSTANTIVO –
é dita a classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como
também sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou
políticos, etc.
Exemplo:
Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho, etc.
ARTIGO –
classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os
substantivos, antecedendo-os.
Exemplo:
o, a, os, as, um, uma, uns, umas.
ADJETIVO –
classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar
características aos substantivos.
Exemplo:
querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo, etc.
PRONOME –
Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina
a pessoa do discurso.
Exemplo:
eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc.
VERBO –
palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical.
Exemplo: fazer, ser,
andar, partir, impor, etc.
ADVÉRBIO –
palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios,
modificando-os.
Exemplo:
não, muito, constantemente, sempre, etc.
NUMERAL –
como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem.
Exemplo:
primeiro, vinte, metade, triplo, etc.
PREPOSIÇÃO –
Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.
Exemplo:
em, de, para, por, etc.
CONJUNÇÃO –
São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de
coordenação ou subordinação.
Exemplo:
porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.
INTERJEIÇÃO –
Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de
suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as
interjeições como palavras ou expressões que evocam emoções, estados de
espírito.
Exemplo:
Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh!
Fonte:
DUARTE, Paulo Mosânio Teixeira. Classes e categorias em português. 2. ed. rev. E ampl. / Paulo Mosânio Teixeira Duarte e Maria Claudete Lima. – Fortaleza: Editora UFC, 2003.
DUARTE, Paulo Mosânio Teixeira. Classes e categorias em português. 2. ed. rev. E ampl. / Paulo Mosânio Teixeira Duarte e Maria Claudete Lima. – Fortaleza: Editora UFC, 2003.
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