segunda-feira, 16 de setembro de 2019

RESUMO BOTÂNICA – COLEÇÕES BOTÂNICAS, RAIZ, CAULE E FOLHA



RESUMO BOTÂNICA – COLEÇÕES BOTÂNICAS, RAIZ, CAULE E FOLHA

Coleções Botânicas à Reuniões ordenadas de vegetais ou parte deles para fins científicos
Coleções comuns: Herbário, carpoteca (coleção de frutos e sementes) xiloteca (pedaços de madeira), palinoteca (grãos de pólen), laminário (lâminas permanentes), banco de germoplasma (germoplasma), horto botânico e jardim botânico (plantas vivas nativas e exóticas).
Herbário à  é a coleção de plantas ou parte delas, secas (denominada exsicatas).
Objetivo do herbário à possibilitar e mantes a comunicação científica entre os taxonomistas do mundo.


FASES PARA O PREPARO DA EXSICATA:

Resultado de imagem para exsicata botanica1º COLETA à a coleta do material em campo das plantas arbóreas e arbustivas, deve se coletar cinco ramos, de cerca de 30cm.
Todo o material coletado deve ter seus dados anotados, data, nome do coletor, observações sobre a planta, etc,.
2º PRENSAGEM à Utiliza-se duas superfícies planas, de madeira com cerca de 42cm x 30cm, não podendo ser ultrapassado. Apoia-se sobre o papelão uma folha de jornal dobrado ao meio com o ramo do material botânico entre os jornais e o papelão. Comprimir ao máximo com correias.
3º SECAGEM à Secagem pode ser feita na estufa ou no sol.
4º MONTAGEM DA EXSICATA à Dos cinco ramos escolhe-se o que tiver em melhores condições. Costura-se com linha extra forte branca em papel cartão de cor branca, com 42 cm x 29,5 cm.
A exsicata é o testemunho científico de que aquela planta existiu.




RAIZ

SISTEMA RADICULAR à Composto pelas raízes, que formam a base de fixação das plantas no solo.
Ø  FUNÇÕES DAS RAIZES:
Ancoragem no solo, a absorção de água e nutrientes essenciais às plantas e a reserva de alimentos.

AS RAÍZES SÃO CARACTERIZADAS POR:
·         Corpo não segmentado;
·         Sem folhas;
·         Sem gemas;
·         Geralmente subterrâneas;
·         Aclorofiladas;
·         Geotropismo positivo;
·         Crescimento subterminal.


Ø  PARTES DAS RAÍZES:
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·        CALIPTRA OU COIFA à Extremidade da raiz que protege o cone vegetativo;
·       ZONA LISA DE CRESCIMENTO à Região que promove o crescimento subterminal da raiz;
·         ZONA PILÍFERA à Parte efêmera com pelos de absorção;
·        ZONA SUBEROSA OU DE RAMIFICAÇÃO à Onde formam as raízes secundárias.








As raízes podem ser divididas quanto à sua origem e habitat.

Ø  ORIGEM:
·         PRIMÁRIA à Provenientes da radícula do embrião;
·         ADVENTÍCIA à Provenientes da parte aérea da planta com folhas e caules.

Ø  HABITAT:
·         Aéreas;
·         Terrestres (subterrâneas);
·         Aquáticas

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AS RAÍZES AÉREAS SÃO:

·         ESTRANGULADORAS à Adventícias que abraçam outro vegetal;
·         GRAMIFORMES à Adventícias com a forma de grampo que fixam a planta ao suporte;
·         RESPIRATÓRIAS à Raízes com geotropismo negativo, que funcionam como órgãos de respiração;
·         SUGADORAS OU HAUSTÓTIOS à Adventícias com órgãos de contato - apresório – em cujo interior surgem raízes finas – haustório – que parasitam as hospedeiras;
·         SUPORTE à adventícias que brotam em direção ao solo  para dar sustentação ao caule;
·         TABULARES OU SAPOPEMAS à Raízes com aspecto de tábua que crescem perpendiculares ao solo.
·         VELAME à Raiz que absorve água e nutrientes do ar.


AS RAÍZES TERRESTRES (SUBTERRÂNEAS) SÃO:

·         AXIAL / PIVOTANTE à Raiz principal muito desenvolvida, com secundárias menos desenvolvidas em relação à principal;
·         FASCICULADA à Não se distingue uma raiz principal, todas semelhantes, lembrando uma cabeleira;
·         TUBEROSA à Raiz dilatada pelo acúmulo de reserva nutritiva, (se o acúmulo ocorre na raiz principal, é chamada de axial tuberosa, se na secundária – secundária tuberosa;

As raízes aquáticas são aquelas que se desenvolvem na água.
Para maior parte das espécies, as raízes são bastante uniformes em sua aparência, por isso, uma planta dificilmente pode ser identificada sem análise de suas partes aéreas. Todavia, as raízes são úteis para definir se uma planta à anual ou perene, e variações na sua morfologia tem utilidade taxonômica.



CAULE


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CAULE à Definido como um órgão vegetativo, geralmente aéreo, serve para produzir e suportar folhas, flores e frutos, para circulação da seiva, para armazenar reservas alimentares e, as vezes, para efetuar a propagação vegetativa.
Além das funções já citadas, eles são responsáveis pelo crescimento vegetativo, e, mais raramente, pela realização da fotossíntese.

Ø  CARACTERÍSTICAS GERAIS:
·         Corpo dividido por nós e entrenós;
·         Presença de folhas;
·         Botões vegetativos;
·         Fototropismo positivo, geralmente aclorofilados (exceto caules herbáceos);
·         Geralmente aéreos (exceto bulbos, rizomas, etc.);
·         Geralmente geotropismo negativo.

Ø  ORIGEM: Gêmula do caulículo do embrião da semente ou, podendo ainda apresentar origem exógena, a partir das gemas caulinares.
A morfologia externa do caule compreende o nó, região caulinar, em geral dilatado, onde saem as folhas;
·         Entrenó à região entre dois nós consecutivos;
·         Gema terminal à situada no ápice, constituída por escamas (ou não), a qual pode produzir ramo folioso ou flor e promover o crescimento;
·         Gema lateral ou axilar à Também pode produzir ramo folioso ou flor, e promover o crescimento.
Os caules são classificados quanto ao habitat em:
·         Aéreos
·         Subterrâneos
·         Aquáticos

Ø  CAULES AÉREOS
·         Eretos à Desenvolvimento quase vertical representados pelo tronco (lenhoso);
·         Haste à herbáceo ou fracamente lenhificado;
·         Estipe à lenhoso, cilíndrico, longo, com folhas na extremidade;
·         Colmo à cilíndrico com nós e entrenós
·         Escapo à sai do rizoma, bulbo, etc, sustenta flores na extremidade;
·         Rastejantes à apoiados e paralelos ao solo;
·         Trepadores à sobem num suporte por meio de elementos de fixação ou a eles se enroscam, sendo chamados de volúveis;
·         Estolão à broto lateral;

Ø  SUBTERRÂNEOS
·         Rizoma à Geralmente horizontal, dotado de nós e entrenós, gemas e escamas;
·         Tubérculo à Geralmente ovoide, com gemas nas axilas de escamas ou de suas cicatrizes, dotado de reservas nutritivas.
·         Bulbo à formado por um eixo cônico que constitui o prato – caule – dotado de gema e rodeado por catafilos, em geral com acúmulo de reserva, tendo na base raízes fasciculadas.
Ainda o bulbo pode ser:
Ø  Sólido à prato mais desenvolvido que folhas, revestido por catafilos semelhantes a uma casca;
Ø  Tunificado à folhas túnicas ou escamas – mais desenvolvidas que o prato, túnicas concêntricas envolvendo completamente o prato, túnicas internas recobertas totalmente pelas externas,
Ø  Composto à grande número de pequenos bulbos.

Além disso os caules são divididos quanto ao desenvolvimento
Ø  Erva à pouco desenvolvida, pouco ou nenhuma lenhificação
Ø  Arbusto à Tamanho médio, inferior a 5 metros, resistente e lenhoso em sua base, comumente ramificado.
Ø  Subarbusto à arbusto pequeno com até 1 metro de altura,
Ø  Árvore à altura superior a 5 metros, tronco nítido sem ramos na parte inferior e copa ramificada,
Ø  Arvoreta à mesma arquitetura da árvore, mas atinge altura máxima de 5 metros.
Ø  Liana à cipó lenhoso trepador, que atinge muitos metros de comprimento.
Os caules também apresentam adaptações, que são modificações dos caules normais, muitas vezes como consequências das funções que exercem ou em razão da influência do meio físico.

SÃO ADAPTAÇÕES:
Ø  CLADÓDIOS à caules carnudos, verdes, achatados ou até laminares, lembrando folhas que estão ausentes ou rudimentares.
Ø  ESPINHOSO à órgãos caulinares, endurecidos e pontiagudos.
Ø  GAVINHAS à ramos filamentosos, em geral nas axilas de folhas, aptos a trepar, enroscando-se em hélices, em torno de suporte.
Ø  ACÚLEOS à tricomas rígidos e pontiagudos, de origem epidérmica, ao contrário dos espinhos, que são lenhificados e dotados de tecido vascular.
Ø  PSEUDOBULBO à caule aéreo intumescido e espessado, preenchido por um tecido rico em reserva de água, não revestido por escamas e catafilos, diferindo-se do bulbo.





FOLHA

As folhas são caracterizadas por serem uma expansão lateral e laminar do caule de simetria bilateral e crescimento limitado, constituindo-se num órgão vegetativo com importantes funções metabólicas.
Em relação à distribuição das folhas nos ramos, denomina-se filotaxia, pode ser caracterizada em:
Ø  ALTERNA à uma folha por nó, pode ser alterna dística ou espiralada;
Ø  OPOSTA à duas folhas por nó, pode ser oposta dística ou cruzada;
Ø  VERTICILADA à quando saem mais de duas folhas por nó.

PARTES CONSTITUINTES DA FOLHA:

·         LIMBO à parte laminar e bilateral,
·         PECÍOLO à haste sustentadora do limbo,
·         BAINHA OU ESTÍPULAS à bainha é a parte basilar e alargada da folha, que abraça o caule e as estípulas são apêndices, geralmente laminares que se formam de cada lado da base foliar.
Quanto à nomenclatura, considera-se folha completa aquela que possui todas as partes constituintes de uma folha e incompleta quando falta uma ou mais partes.
Ø  PECIOLADA à Apresenta pecíolo,
Ø  SÉSSIL à não apresenta pecíolo.

QUANTO A NERVAÇÃO:


·         UNINÉRVEAS à uma nervura principal;
·         PARALELINÉRVEAS à paralelas umas das outras;
·         PENINÉRVEAS à nervuras secundárias se dispõem ao longo da principal;
·         PALMINÉRVEAS à todas as nervuras saem do mesmo ponto e divergem em várias direções;
·         CURVINÉRVEAS à nervuras secundárias curvas em relação à principal;
·         PELTINÉRVEAS à nervuras irradiando-se do centro.

QUANTO A CONSISTÊNCIA:
·         CARNOSAS OU SUCULENTAS à Abundante em líquido,
·         CORIÁCEAS à lembra couro;
·         HERBÁCEAS à consistência de erva;
·         MEMBRANÁCEA à consistência de membrana;
·         CARTÁCEAS à lembram papel.

QUANTO À SUPERFÍCIE:
·         GABLRAS à sem pelos
·         PILOSAS à com pelos

QUANTO A FORMA DO LIMBO:
·         CODIFORME à forma de coração;
·         PELTADA à forma de escudo;
·         OVADA à forma de ovo;
·         OBOVADA à em forma de ovo invertido – ápice mais largo
·         ESPATULADA à forma de espátula;
·         LANCEOLADA à forma de lança;
·         ACICULAR à forma de agulha;
·         ESCAMIFORME à em escamas;
·         DELTÓIDE à forma de delta, triangular;
·         RENIFORME à forma de rim;
·         ELÍPTICA à forma de elípice;
·         SAGITADA à forma de seta.

QUANTO AO BORDO:
·         INTEIRO à sem deformação ou divisão;
·         CRENADO à com dentes arredondados;
·         DENTADO à com dentes regulares não inclinados;
·         SERRADO à com dentes como serras, inclinados para o ápice;
·         ACUELADO à com pontas agudas e rígidas na margem do limbo;
·         LOBADO à limbo dividido em lobos mais ou menos arredondados que não alcançam a metade do lemi-limbo;
·         PARTIDO à recortes que alcançam além da metade do limbo, sem tocar na nervura mediana ou na base;
·         SECTO OU CORTADO à recortes que alcançam a nervura mediana ou a base.

QUANTO AO NÚMERO DE LIMBOS:
Ø  SIMPLES
Ø  COMPOSTAS:
·         Unifoleadas
·         Bifoleadas à dois folíolos
·         Trifoleadas à três folíolos
·         Pinadas à forma de pena, podendo ser paripinadas, terminando com dois folíolos no ápice ou imparipinadas, terminando com um folíolo no ápice,
·         Palmadas à em forma de palma de mão,
·         Bipinada à com folíolos.

As folhas são o órgão vegetativo mais utilizado no auxílio à identificação das espécies (taxonomia).


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